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BNDES e Banco Mundial destinam R$ 9,3 milhões para reduzir impacto das mudanças climáticas no Cerrado

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Imagem: acervo Ecoa
  • Instituições aportaram, cada uma, R$ 4,65 milhões na iniciativa. Estima-se beneficiar 2 mil famílias em aldeias indígenas e comunidades quilombolas e tradicionais

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e o Banco Mundial destinarão, em conjunto, R$ 9,3 milhões para ações de desenvolvimento verde e resiliência climática no Cerrado, segundo maior bioma brasileiro, reconhecido como a região de savana com maior biodiversidade do mundo e que vem sofrendo impactos do desmatamento.

A iniciativa conta com apoio não reembolsável de até R$ 4,65 milhões do BNDES Fundo Socioambiental para viabilizar 16 projetos e aporte de mesmo valor do Banco Mundial. Os recursos irão beneficiar cerca de 2 mil famílias de comunidades tradicionais, quilombolas e indígenas do bioma.

A diretora Socioambiental do BNDES, Tereza Campello, sublinhou a importância estratégica da ação para o país: “O Cerrado é o segundo maior bioma brasileiro, sendo responsável pela água de quase 70% das bacias hidrográficas do Brasil e abrigando 5% da biodiversidade de todo o mundo. Entretanto, quase metade de sua área já foi convertida em pastagens ou área de cultivo. Com este apoio, o BNDES reconhece a relevância e a urgência do fortalecimento das ações de desenvolvimento sustentável desse bioma e o papel significativo de povos indígenas, quilombolas e comunidades tradicionais para a conservação da biodiversidade local”.

O Centro de Agricultura Alternativa do Norte de Minas (CAA-NM), associação que já atua na produção agroecológica e na recuperação de áreas degradadas do Cerrado, selecionará, por meio de chamada pública, projetos em até 10 estados e no Distrito Federal, com foco em segurança alimentar, geração de trabalho e renda e uso sustentável do meio ambiente. Com recursos do Banco Mundial, já foram realizadas duas chamadas, que selecionaram 22 projetos.

A nova seleção terá dois eixos, um voltado a práticas socioambientais e adaptação às mudanças climáticas e outro com foco em melhoria do processo de gestão de negócios comunitários, a fim de ampliar e diversificar mercados. As intervenções terão apoio de até R$ 110 mil e podem abranger regiões de Cerrado nos estados de Minas Gerais, Bahia, Goiás, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Tocantins, Maranhão, Piauí, São Paulo, Paraná e no Distrito Federal. Também estão previstas ações de capacitação e de disseminação de conhecimento com os participantes dos projetos selecionados.

      “Esta parceria com o BNDES apoia ações efetivas junto aos povos e comunidades, que são os verdadeiros protagonistas dos projetos. O investimento com o Banco Mundial contribuirá diretamente para o bioma Cerrado e permitirá que as comunidades cuidem do território com melhoria na qualidade de vida coletiva”, afirmou Samuel Caetano, coordenador técnico do CAA-NM.

    CAA-NM – O Centro de Agricultura Alternativa do Norte de Minas é uma associação sem fins lucrativos. Fundada em 1989, reúne representantes de povos e comunidades tradicionais e agricultores familiares. A instituição utiliza metodologia de um programa do Banco Mundial intitulado Dedicated Grant Mechanism for Indigenous Peoples and Local Communities (DGM), que, no Brasil, apoia povos indígenas e comunidades locais do Cerrado.

Via BNDES

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