Chuva causa tragédia em Petrópolis – Destaques do GT Infra

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Imagem: Agência Brasil

GT-Infra é o Grupo de Trabalho de Infraestrutura, uma ampla rede – que a Ecoa participa –  composta por pesquisadores e organizações não governamentais que debatem e definem estratégias para a área de infraestrutura no Brasil. Veja abaixo as notícias publicadas na última newsletter divulgada pelo GT:

Chuva causa tragédia em Petrópolis

Esta semana chuvas intensas causaram deslizamentos de terra e alagamentos que destruíram parte da cidade de Petrópolis, deixando centenas de mortos e desaparecidos. O fato foi notícia em vários veículos, como o The New York Times, que ressaltou desastres anteriores, como o que matou mais de 900 pessoas na região em 2011. Um dos pontos mais graves é que adaptações às mudanças climáticas poderiam ter ajudado a evitar o desastre. O GT Infra lançou um material justamente sobre esse assunto no início do ano, o “Nós Fazemos a Cidade”, projeto que destaca o papel das organizações da sociedade civil de nível local no planejamento de ações de adaptação das cidades amazônicas às mudanças climáticas.

“Tragédias causadas por fatores imprevisíveis chocam, mas deixam um gosto menos amargo do que aquelas que poderiam ser evitadas ou mitigadas pela ação do poder público municipal, estadual e federal. Afinal de contas, todo mundo (menos as autoridades) sabe que a chuva vai matar anualmente na capital, no litoral ou no interior do Rio. E que o clima do planeta mudou”, destacou Sakamoto em sua coluna no UOL.

 

BNDES empresta R$ 29 mi para desmatadores
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) financiou, junto com o Banco John Deere, R$ 28,6 milhões em máquinas agrícolas para cinco produtores com embargos em seus nomes por terem sido flagrados pelo Ibama desmatando a Amazônia. Ou seja, apesar do histórico, eles conseguiram empréstimos com dinheiro público a juros subsidiados para comprar maquinário para prosseguir com a destruição. O Repórter Brasil fez a denúncia. “Podendo preservar o meio ambiente, a gestão Bolsonaro se dedica a estragar o ambiente inteiro”, comentou sobre o assunto Josias de Souza no UOL.

 

Mais da metade do desmatamento na Amazônia ocorre em terras públicas

Um estudo inédito, divulgado esta semana e repercutido pelo O Globo, mostrou que o desmatamento na Amazônia, que avança cada vez mais, mudou de perfil. Não são mais as áreas privadas as mais afetadas, nos últimos três anos mais da metade das derrubadas foram concentradas em terras indígenas, unidades de conservação e florestas públicas não destinadas. A grilagem foi apontada como uma das responsáveis por mais esse grave retrocesso.

 

Desmatamento serviu como subsídio para que produtores expandissem sua área cultivada e produção

O produtor que comprou novas terras para expandir sua produção contou com uma ajuda do desmatamento, mesmo que ele não tenha derrubado uma só árvore. O estudo “Como o Agro se beneficia do desmatamento?”, idealizado pelo Instituto Escolhas e divulgado nesta quinta-feira (17/02), mostra que a incorporação de novas áreas desmatadas entre os anos de 2011 e 2014 no mercado de terras provocou uma depreciação de R$ 136,7 bilhões no valor do estoque de terra brasileiro em 2017, o equivalente a uma redução média de R$ 391,00 por hectare. Saiba mais e acesse o trabalho completo aqui.

 

Cresce uso de energia solar e eólica no Brasil

Segundo o Boletim Mensal de Energia de novembro de 2021, divulgado pelo Ministério de Minas e Energia, a soma entre energia solar e eólica respondeu por 13,4% da Oferta Interna de Energia Elétrica (OIEE) do Brasil. Para Ricardo Baitelo, gestor de projetos  do Instituto de Energia e Meio Ambiente (IEMA),”a análise é ainda mais positiva do que o balanço leva a crer”. Confira a entrevista que ele deu sobre esse assunto aqui.

 

Nova plataforma permite cruzamento de dados da Amazônia Legal

O projeto Amazônia 2030 acaba de lançar o Data Zoom Amazônia, a  primeira plataforma interativa de visualização e cruzamento de dados da Amazônia Legal. A ferramenta possibilita ao usuário cruzar dados e compreender relações entre diferentes temas. A ideia é simplificar o acesso aos microdados da Amazônia Legal e desenvolver uma plataforma de visualização de dados que seja aberta, acessível, interativa e parametrizável, possibilitando contar histórias.

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