- pós a deliberação desta quarta, 13, até R$ 10,4 bi serão geridos pelo BNDES e estarão disponíveis para projetos que visam combater as mudanças climáticas
- Em 2023, o Fundo Clima contratou R$ 733,2 mi em 27 operações, melhor resultado da história
- Operações vão evitar a emissão de 4,3 mi de toneladas de CO2 – o que representa dez meses sem carros na região metropolitana de São Paulo
O novo Fundo Clima (Fundo Nacional sobre Mudança do Clima), principal instrumento de desenvolvimento verde do Governo Federal, está pronto para receber propostas. Na tarde desta quarta-feira, 13, durante reunião deliberativa, o Comitê Gestor do fundo aprovou o relatório de 2023 e o plano de aplicação de recursos para o financiamento de projetos de desenvolvimento sustentável no país.
Ao todo, o novo Fundo Clima terá até R$ 10,4 bilhões para financiar projetos do setor público, de empresas privadas e do terceiro setor em seis áreas prioritárias: Desenvolvimento Urbano Resiliente e Sustentável; Indústria Verde; Logística de Transporte, Transporte Coletivo e Mobilidade Verde; Transição Energética (geração solar e eólica, e biomassa, eficiência energética, entre outros); Florestas Nativas e Recursos Hídricos; e Serviços e Inovação Verdes.
“Este é o maior volume de recursos já aplicados pelo Fundo Clima. Nós estamos aumentando mais de duas dezenas de vezes o volume até hoje aplicado, anualmente, pelo Governo Federal na área de enfrentamento da emergência climática”, ressaltou o secretário-executivo do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima, João Paulo Capobianco.
“O novo Fundo Clima é um exemplo da confluência das três grandes iniciativas do governo. Tem mobilidade urbana, que está no Novo PAC; tem a indústria mais verde, que está no Nova Indústria Brasil; e tem a recuperação de florestas e o investimento em energias renováveis, que estão no Plano Transição Ecológica”, explicou o diretor de Planejamento e Estruturação de Projetos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Nelson Barbosa.
Balanço de 2023 – Na reunião desta quarta-feira, em Brasília, o Comitê Gestor do Fundo aprovou a prestação de contas das operações realizadas em 2023. No ano passado, os recursos do antigo Fundo Clima foram disponibilizados em outubro. Foram 27 operações contratadas em 2023, com recursos de R$ 733 milhões – maior contratação da história. Os projetos tiveram também mais R$ 1 bilhão de outras fontes do BNDES, com aprovação total de R$ 1,7 bilhão.
Foram financiados projetos em Carvão Vegetal (um), Cidades Sustentáveis e Mudança do Clima (um), Energias Renováveis (13), Florestas Nativas (um), Máquinas e Equipamentos Eficientes (dez), e Mobilidade Urbana (um).
As operações contratadas em 2023 vão evitar a emissão de 4,3 milhões toneladas de gás carbônico, dado que representa dez meses sem carros na região metropolitana de São Paulo. Durante a fase de implantação dos projetos devem ser gerados aproximadamente 1,8 mil empregos.
“Saímos da reunião com o compromisso renovado de avançar numa transição justa e o desafio de ampliar o acesso ao Fundo nas regiões Norte e Nordeste”, disse a diretora Socioambiental do BNDES, Tereza Campello.
Via Agência BNDES de Notícias