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Desmatamento do Cerrado cresce 135% em agosto e setembro, aponta Ipam

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© Adriano Gambarini/WWF-Brasil

Maria Eduarda Portela, Metrópoles

desmatamento no Cerrado teve alta de 135% entre agosto e setembro deste ano em comparação com o mesmo período de 2021, quando foram devastados 65 mil hectares no bioma. Levantamento do Sistema de Alerta de Desmatamentos do Cerrado (SAD-Cerrado), divulgado pelo Instituto de Pesquisas Ambientais da Amazônia (Ipam) mostram que a área é de 144 mil hectares em 2022.

De acordo com o monitoramento, realizado via satélite e com inteligência artificial, o desmatamento atinge principalmente áreas sem informação fundiária. Os dados do Ipam mostram que a devastação acontece principalmente nos imóveis rurais, com 48% de toda a vegetação derrubada.

O levantamento mostra que são derrubados dois mil hectares por dia durante os meses de agosto e setembro, período em que a seca castiga a região. De janeiro a setembro deste ano, 617 mil hectares foram desmatados, a derrubada de árvores aconteceu principalmente no Distrito Federal.

Leia também: Desmatamento no Cerrado gera conflito entre tatus e criadores e abelhas

No acumulado do ano, o desmatamento aconteceu principalmente nos imóveis rurais privados com registro no Cadastro Ambiental Rural (CAR).

“Os alertas obtidos permitem ver como o desmatamento continua a grassar em regiões já amplamente devastadas, e ao mesmo tempo, se expande em direção ao norte do bioma, em regiões até agora bastante preservadas”, declara o pesquisador no Ipam e responsável pelo SAD Cerrado Juan Doblas.

Maior devastação

A região do Matopiba, que abrange os estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia, concentra a maior parte do desmatamento no Cerrado brasileiro.

O Maranhão lidera com 44% de toda a área desmatada entre agosto e setembro deste ano, no período anterior o estado correspondia a aproximadamente 25% das árvores derrubadas no Cerrado.

O SAD Cerrado é uma parceria entre o Ipam com a rede MapBiomas e com o Laboratório de Processamento de Imagens e Geoprocessamento (Lapig), da Universidade Federal de Goiás (UFG).

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