Na semana em que se celebra o Dia Mundial do Meio Ambiente, 5 de junho, foram promovidos quatro encontros virtuais para tratar do desmatamento, queimadas, crises ambientais e a agenda gênero e ambiente no Pantanal. Os eventos foram conduzidos por especialistas nacionais e internacionais nos temas apresentados.
Debates urgentes em tempos de COVID-19 e que foram repercutidos nas redes sociais de várias pessoas e organizações, a partir das transmissões ao-vivo realizadas pelo Facebook da ECOA.
Para que possam ser sempre revisitados, devido à sua importância ao desenvolvimento socioambiental, estes foram disponibilizados no site da ECOA e também na íntegra das apresentações, no documento abaixo:
Faça aqui o download da publicação
Aqui, alguns destaques do evento Desmatamento e queimadas na Amazônia, Pantanal e Chaco:
– André Luiz Siqueira (Ecoa), destaca que “O Pantanal tem sofrido bastante com os incêndios florestais e enfrentado barreiras como falta de investimento. Os graves incêndios de 2019, além de todos os problemas causados à biodiversidade, têm afetado também a economia dos municípios e a renda de populações extrativistas, apicultores e pescadores. Também pode ser citado o aumento de internações em grupos mais vulneráveis como crianças e idosos”.
– A Ecoa pressiona o poder público com ações de governança e tem atuado na formação de brigadas comunitárias desde 2006, quando formou seus primeiros 12 brigadistas na Serra do Amolar e na Barra do São Lourenço (comunidade pantaneira, Corumbá, MS) para combate aos incêndios florestais e apoio à proteção do Parque Nacional do Pantanal Matogrossense e regiões do entorno.
– Flávio Montiel (International Rivers) explica que “desde quando o INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) monitora o desmatamento na Amazônia percebe-se que as taxas de desmatamento variam conforme decisões do Governo relacionadas à normas e procedimentos que podem tanto conter como incentivar ações predatórias na Amazônia”.
– A partir de 2019, houve uma explosão de desmatamento e incêndios florestais na região.
– Se deduz, o que falta não são recursos, apesar de sua diminuição, mas vontade política. Falta determinação dos órgãos do Governo para estabelecer uma política pública nacional de prevenção e combate a incêndios no país.
– Osvaldo Barassi Gajardo (WWF-Brasil): A ONG WWF-Brasil atua com um Fundo Emergencial Contra Incêndios na Amazônia para conter os avanços do desmatamento e incêndios florestais na região.
– A WWF em todo o mundo arrecadou mais 7 milhões de reais para atuar contra os incêndios e desmatamento na Amazônia e dar uma resposta emergencial ao que estava acontecendo; Foram beneficiadas 32 associações, institutos e órgãos municipais e estaduais.
– Carlos Pinto, (FAN – Bolívia): “A FAN atua com a Ecoa no projeto transfronteiriço ECCOS e busca soluções integrais de combate a incêndios com uma abordagem de participação comunitária de manejo do fogo”.
– Desde 2010, se observa uma necessidade mais integrada do manejo do fogo visando prevenção com o desenvolvimento de um trabalho com participação comunitária.
___
Este evento on-line está disponível em: