Destaques do ano: Sistema de Alerta para eventos climáticos extremos no Pantanal

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Sistema de Alerta: Desde 2011, a Ecoa desenvolve um sistema que seja capaz de fazer previsões sobre o comportamento das águas para os principais rios da Bacia do Alto Paraguai (BAP), que afetam diretamente a vida das famílias pantaneiras. Através do Projeto “Prevenção, mitigação e adaptação para as comunidades pantaneiras frente aos eventos climáticos extremos”, com o apoio do Fundo de Defesa de Diretos Difusos (FDD) – Ministério da Justiça e Segurança Pública / Secretaria Nacional do Consumidor – SENACON (Convênio nº 817381/2015), foi desenvolvido o Sistema de Alerta, que em 2018, esteve em fase de testes e aprimoramento.

Para o levantamento de dados, foram visitadas pela equipe do Projeto mais de 50 comunidades/localidades de toda a Bacia. Com isso, foram estruturadas as informações para a consolidação do Sistema. Este, emite boletins com dados oficiais dos níveis dos rios da BAP, que são monitorados pela equipe da Ecoa, e são emitidas mensagens de alerta para as famílias, para que possam se abrigar, antes da calamidade.

Além disso, o Sistema chama atenção para os programas sociais da Prefeitura, para que prestem atendimento às famílias, e para os órgãos governamentais, de modo que providenciem as cotas oficiais de emergência para cada região.

Cheia no Pantanal: Este ano, o Pantanal passou por uma grande cheia com cenário parecido ao de 2014, quando muito gado teve que ser levado para áreas mais altas. A Embrapa, em março, também chegou a emitir laudo técnico com recomendação para a retirada total dos rebanhos bovinos de fazendas do Pantanal.

Devido ao histórico de grandes cheias na última década, como as de 2011 e 2014, a atenção foi máxima para comunidades como a da Barra do São Lourenço, São Francisco e Paraguai-Mirim, que estão em regiões de mais difícil acesso. O nível do rio na estação de Bela Vista do Norte, por exemplo, ultrapassou os 5,82 metros, sendo que a cota social de emergência estabelecida para a região é de 5,80.

Além disso, a Estação de Aquidauana atingiu o segundo maior nível de cheias dos últimos 50 anos e, conforme a Defesa Civil, o rio chegou a 8,55 metros, deixando famílias ribeirinhas desabrigadas.

Alertas emitidos: Em 23 de fevereiro, a Ecoa emitiu as primeiras mensagens via Sistema, para os mais de 125 contatos cadastrados na Rede Clima, composta por representantes de comunidades pantaneiras, de colônias de pescadores/as, rádios difusoras da região, pesquisadores, técnicos e órgãos oficiais.

Outros importantes alertas também foram emitidos em 2018 como, por exemplo:

– Coxim, que chegou a 4,15 metros, sendo que a cota de emergência é de 4 metros.
– Porto 21 (Estrada MT – 378), onde não há informação pública e oficial sobre as cotas de alerta e emergência na localidade, mas que o Sistema, a partir das séries históricas das réguas de medição do nível do rio, fez a previsão e emitiu o alerta. Em novembro, o rio Miranda alcançou o nível de 8,42 metros.
– Mais recente, em dezembro, outra localidade foi acionada, Aquidauana, onde o rio estava com 6,43 metros em 12/12/2018.

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Confira ao lado as publicações de 2018 relacionadas ao tema.

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