31 ago. 2021
Na sexta-feira, 27 de agosto, foi paralisado o transporte de carga na Hidrovia Tietê-Paraná. Entre 2014 e 2016, a via também esteve fechada devido a disputa entre água para gerar energia a partir das represas do rio Tietê ou navegação.
Em 2020, foram transportados 2,1 milhões de toneladas de grãos, adubo e outras cargas, como milho, soja e cana-de-açúcar, segundo o portal G1. A via de 2,4 mil quilômetros conecta cinco estados: Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, São Paulo, Goiás e Minas Gerais.
30 ago. 2021
Economistas falam:
“Esta crise hídrica não é um desafio só para 2021, mas como vamos lidar com ela indica nossa compreensão ou não da emergência ambiental.”.
Nicola Tingas, da Acrefi (Associação Nacional das Instituições de Crédito, Financiamento e Investimento) entende que há um ambiente de deterioração das condições econômicas, afetando desde a produção de manufaturados até a agricultura, que também deve ter quebras de safra. Existem problemas de oferta o que pode gerar inflação. “O conjunto diminui a motivação para investir e há uma desaceleração no ritmo de retomada da economia, com riscos que inibem uma maior taxa de investimento.”
“O pior é a ausência de um planejamento estruturado a médio e longo prazo, já que a as mudanças climáticas tendem a fazer deste um problema frequente”, afirma Rafael Cagnin, do Iedi (Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial).
Ele avalia que o recurso das termelétricas é razoável para contornar o desafio imediato, mas não serve de resposta definitiva, dado que é mais caro, mais sujeito às variações cambiais e sobretudo incompatível com o meio ambiente.
(Partes da matéria “La Niña pode reduzir chuvas em até 30% e prejudicar ainda mais hidrelétricas”, da Folha de S. Paulo).
30 ago. 2021
“Os técnicos do Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia) contam com a volta, no fim de setembro, das chuvas ao centro-sul do país, onde a estiagem neste ano colocou em alerta os reservatórios de usinas hidrelétricas.
Já entraram no radar, no entanto, os possíveis efeitos do fenômeno climático La Niña, a partir de outubro, que poderiam reduzir o volume de chuvas de 10% a 30% na região. “É difícil prever com exatidão qual seria o impacto exato do La Niña nas chuvas deste ano, mas é um fenômeno que torna as frentes frias mais fracas e, sem dúvida, é uma fonte de preocupação.”, disse o metereologista Cleber Souza, para a Folha de S. Paulo.
O fenômeno causa uma alteração periódica na temperatura das águas do oceano Pacífico, o que tende a reduzir as chuvas no centro-sul do Brasil, agravando a seca na bacia do rio Paraná.”.
(Folha de S. Paulo)
Imagem de capa: hidrovia Tietê-Paraná. Fonte: Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes, Governo Federal.