Educação para a sustentabilidade em MS

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Texto originalmente publicado em: 26/01/09

No dia 26 de janeiro é comemorado o Dia da Educação Ambiental. A data que normalmente é lembrada apenas pelos profissionais que trabalham com o tema, é uma boa oportunidade de pensarmos sobre e conhecer algumas ações de Educação Ambiental em Mato Grosso do Sul.

 

Iniciativas
Construindo redes
– Rede Aguapé de Educação Ambiental do Pantanal, ou simplesmente Rede Aguapé. Foi construída no ano de 2003 para articular educadores com experiência em Educação Ambiental e pessoas interessadas em trabalhar e saber mais sobre o tema.

De acordo com Yara Medeiros, articuladora da Rede, a iniciativa busca difundir informações de credibilidade sobre meio ambiente e apresentar as experiências na área em uma grande teia de contatos, atualmente com aproximadamente 160 membros.

Em 2008 a Rede Aguapé, em parceria com a Universidade Federal de Mato Grosso do Sul – UFMS, desenvolveu o projeto Pé na Água: uma abordagem sistêmica e transfronteiriça da Bacia do Apa, que estende-se por 17 mil quilômetros quadrados por municípios de MS e do Paraguai. 

Para saber mais sobre o projeto e ter acesso aos materiais produzidos, entre no www.redeaguape.org.br/penaagua .

Educação para a paz na fronteira – Em 2006 surgiu em Corumbá a ONG Paz e Natureza Pantanal – PNP. A instituição surgiu da necessidade de se ter um espaço para a criação de ações cidadãs que integrassem brasileiros e bolivianos na elaboração e participação das políticas públicas da região.

“Trabalhar para a Paz significa para nós, caminhar juntos na transformação pessoal de cada um e ir somando na corrente pessoas que queiram aceitar o desafio da transformação”, declara Alicia Viviana Mendez – coordenadora pedagógica da instituição.

A ONG possui o projeto “Quem Conhece Preserva”, que trabalha a sensibilização da população sobre a necessidade de se conhecer o pantanal para ama-lo e contribuir para sua preservação e conservação.

“O valor da preservação só aparece quando se conhece o bem a ser cuidado ou quando se perde. E a realidade de nossa população é que perto dos 70 % de nossos jovens, e não tão jovens, conhecem muito pouco ou quase nada do Pantanal”, ressalta a pedagoga.

O projeto trabalha a sensibilização dos atores sociais para que, de forma coletiva, eles planejem e executem ações imediatas para solucionar os problemas detectados em suas comunidades que possam ameaçar a preservação do Pantanal e da cultura local.

 

Na boca da mata – Em 2008 surgiu o Núcleo de Ecomunicadores dos Matos, o Nem.

“O Nem foi criado para reunir comunicadores que trabalham com meio ambiente nos estados de MT e MS. Conectar as pessoas em rede é um bom passo para darmos mais qualidade ao trabalho desenvolvido por elas, trocar experiências e fortalecer suas iniciativas”, declara Gisele Neuls, uma ecomunicadora de Mato Grosso, e diretora de comunicação da instituição.

Nas palavras de Gisele, o Núcleo acredita que uma entidade que reúne comunicadores ambientais pode contribuir para a construção de uma sociedade mais saudável, consciente e responsável por seus impactos socioambientais, capaz de fazer as melhores escolhas para a garantia do futuro do planeta. “Podemos contribuir através da produção de conteúdos críticos, analíticos, aprofundados, complexos, enfim, elaborados com um olhar ambiental”, ressalta a ecomunicadora.

A primeira ação do Nem é a criação e execução do programa de rádio Boca da Mata, distribuído para rádios nos municípios que fazem parte da Bacia do Alto Paraguai em MS e MT. O programa busca democratizar informações socioambientais que contribuam para a construção da cidadania e melhoria da qualidade de vida das populações do Pantanal. Boca da Mata traz informações sobre o Pantanal e o sistema de áreas úmidas, fala de saúde, conservação da natureza, direitos humanos, biodiversidade, traz dicas culinárias com ingredientes regionais e tem até uma rádio novela.

Foto de capa: Juliana Amorim via Unsplash

Saiba mais:

Rede Aguapé
www.redeaguape.org.br

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