No último sábado (22), faleceu Fábio Galvani, pesquisador da Embrapa Pantanal e um grande parceiro da Ecoa. Seu trabalho trouxe imensa contribuição para a cadeia da bocaiuva e beneficiou o trabalho desenvolvido por extrativistas de comunidades tradicionais no Mato Grosso do Sul.
A pesquisa de Fábio foi fundamental para determinar o vasto potencial do fruto nativo do Pantanal, suas propriedades nutricionais e técnicas alternativas de aproveitamento. O pesquisador defendia também o fortalecimento e desenvolvimento da cadeia de forma sustentável para que fosse possível alcançar o maior aproveitamento dos potenciais do fruto.
No projeto ‘Desenvolvimento tecnológico do sistema produtivo sustentável da macaúba (Acrocomia aculeata) no Pantanal do Mato Grosso do Sul’, coordenado pelo pesquisador, foi possível desenvolver tecnologias que contribuíssem para o aproveitamento sustentável do fruto e ajustar protocolos de processamento. Os conhecimentos foram aplicados na comunidade Antonio Maria Coelho, em Corumbá (MS), que atualmente é referência no processamento e comercialização de produtos derivados da bocaiuva.
Fábio também coordenou a aquisição de equipamentos, em concessão com a Embrapa, destinados para a comunidade tradicional. Os equipamentos, como o modelo de secadora utilizado até hoje, modernizou a produção e permitiu maior qualidade no trabalho desenvolvido pelos extrativistas. Por meio da sua dedicação ao estudo da cadeia da bocaiuva, o pesquisador também transformou vidas.
Conheça mais sobre o inestimável trabalho desenvolvido por Fábio Galvani:
Processo de Secagem de frutos de Bocaiuva visando seu Beneficiamento Mecânico
Secagem de amêndoa de bocaiuva visando a extração mecânica de óleo
Custeio e investimento do sistema artesanal de produção da farinha de bocaiuva