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Fundação Oswaldo Cruz estuda efeitos de incêndios no Pantanal

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Incêndios na região da Serra do Amolar, no Pantanal Fotos: Reinaldo Nogales
Ana Schramm, pesquisadora da Fiocruz (Foto: Arquivo Pessoal)

Cientistas da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) viajam pelo Pantanal com o objetivo de identificar os efeitos dos incêndios na saúde humana. Trata-se de um estudo piloto a ser executado em duas etapas no decorrer do ano. Consiste de análises clínicas de alguns segmentos populacionais, além da verificação de elementos hídricos e terrestres das áreas escolhidas para a investigação.

Deve ser avaliada a dimensão de determinantes sociais que por ventura interfiram na saúde das comunidades, em especial de brigadistas de combate direto aos incêndios, mulheres, crianças, idosos, do Corpo de Bombeiros, trabalhadores e trabalhadoras de uma forma geral. Vários fatores serão considerados, dentre eles sociais, econômicos, psicológicos, comportamentais e de meio ambiente, enfim, aqueles que representam riscos à saúde se reforçados no contexto dos incêndios.

Na última semana, Ana Schramm, pós-doutoranda da Escola Nacional de Saúde Pública da Fiocruz, reuniu-se com André Luiz Siqueira, Diretor Presidente da ECOA. Este apresentou o trabalho da organização, destacando a atuação em localidades do Pantanal, suas dinâmicas, dificuldades no contexto socioambiental, marcada nos últimos anos pelas crises hídricas e intensos incêndios.

A Ecoa está colaborando diretamente com a investigação da Fiocruz na etapa inicial do estudo. Atualmente 16 das brigadas comunitárias voluntárias tiveram a participação da Ecoa na sua criação, sendo que a política de constituição delas teve início em 2006. A Ecoa mantém convênio com o Prevfogo/Ibama para o trabalho com as brigadas.

Manuela Nicodemos

Comunicóloga e Socióloga da Ecoa

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