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Guardiã eternizada: veja como ficou o mural em homenagem aos brigadistas indígenas

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Ambas as empenas do edifício residencial foram finalizadas no fim de tarde do dia 6 (Imagem: Victor Macaulin)

O heroísmo das brigadistas comunitárias voluntárias no Pantanal está agora marcado em um mural produzido pelo grafiteiro e “artivista” Victor Macaulin. A obra foi finalizada no último sábado (6), em um residencial no Bairro Aero Rancho, em Campo Grande (MS).

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Em destaque na pintura está Maria Dalva, mulher terena da Aldeia Mãe Terra, região de Cachoeirinha, em Miranda (MS), e que recebeu treinamento específico para combater os incêndios nas proximidades a partir de um trabalho da Ecoa e do PrevFogo/Ibama. Ao ser informada que sua fotografia seria transportada para as paredes utilizando tintas à base de cinzas do Pantanal e do Cerrado, Maria ficou extasiada.

“Muita, muita gratidão mesmo. Estou me sentindo muito feliz com o reconhecimento do nosso trabalho e de estarem desenhando minha foto no mural. Espero que um dia possam fazer um mural como esse também aqui na nossa Casa de Cultura.”

A ação fez parte do Festival Paredes Vivas – Edição Cinzas da Floresta, que contou com apoio do Ministério da Cultura. Foram selecionados dois pontos na capital de Mato Grosso do Sul para servir de suporte às pinturas: as empenas de um dos blocos do Condomínio Aero Rancho CH7 e ainda o muro da Escola Municipal Professor Licurgo de Oliveira Bastos, na Vila Nasser. Lá, os alunos puderam participar de oficinas com as artistas visuais Erika Pedraza e Alice Hellmann e, ao fim, receberam um certificado de participação, que foi entregue em frente ao mural de Maria Dalva já pronto.

 

Para quem deseja apreciar os murais pessoalmente, o edifício onde Maria foi retratada fica na Avenida Vereador Thyrson de Almeida, 4237; já a segunda pintura do Festival Paredes Vivas pode ser encontrada na Rua Antônio de Morães Ribeiro, 1056.

Confira abaixo mais imagens do mural em sua versão final:

Sobre a Brigada Mãe Terra

Criada em 2021, depois dos incêndios devastadores do ano anterior, a Brigada Comunitária Voluntária Mãe Terra tem sido fundamental para a manutenção da região de Cachoeirinha. Ela conta com voluntários da etnia Terena que tiveram a iniciativa de defender suas terras mesmo diante de cenários adversos. O grupo de brigadistas é um dos 23 que estão espalhados pela bioma pantaneiro, principalmente em APAs (Áreas de Preservação Ambiental) e territórios indígenas, e que são monitorados pela Ecoa.

A formação das brigadas comunitárias voluntárias é um trabalho que a Ecoa realiza com o Prevfogo/Ibama (responsável pelo treinamento), a WWF Brasil e a SOS Pantanal.

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