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Guardiões do Pantanal defendem Unidade de Conservação no Pantanal e impedem incêndio devastador. Veja em imagens feitas do alto

3 minutos de leitura
Brigadistas atuaram para impedir que as chamas atravessassem o rio Paraguai (Imagem: Fernanda Cano)

Durante os 30 dias de junho deste ano, o Pantanal viveu dias terríveis, com o maior número de focos de incêndio para o mês em toda a série histórica, iniciada em 1998. Se considerarmos os dados desde o início de 2024, a área devastada já passa dos 700 mil hectares, segundo dados do Lasa/UFRJ (Laboratório de Aplicações de Satélites Ambientais do Departamento de Meteorologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro). Contudo, em meio a esse cenário, a APA (Área de Proteção Ambiental) Baía Negra chama atenção por não ter sido atingida pelo fogo, ainda que as queimadas tenham consumido boa parte de seu entorno – isso graças aos esforços dos brigadistas que agiram rapidamente.

Depois de atravessar o rio Paraguai, o fogo foi contido antes de chegar à APA (Imagem: Fernanda Cano)

A especialista da Ecoa, Fernanda Cano, esteve na região e sobrevoou a área atingida com um drone. É possível ver que a margem esquerda do rio Paraguai ficou totalmente destruída; já do lado direito, próximo à unidade de conservação, o impacto das chamas foi muito menor e ficou retido antes de alcançar o corixo.

O caso é reflexo do trabalho da Ecoa para a formação e capacitação das brigadas voluntárias no Pantanal, que teve início no ano 2000 e foi reforçado principalmente depois dos estragos de 2020. Hoje, os Guardiões do Pantanal monitoram diariamente os limites da APA e estão aptos a controlar qualquer ponto de ignição antes que ele tome grandes proporções.

A formação das brigadas comunitárias voluntárias é um trabalho que a Ecoa realiza com o Prevfogo/Ibama (responsável pelo treinamento), a WWF Brasil e a SOS Pantanal.

Confira abaixo um vídeo das áreas atingidas e o contraste com a APA Baía Negra ao fim, que permaneceu preservada.

 

Texto atualizado às 12h24 para adição de vídeo.

Ataque imediato da Brigada Comunitária da APA Baía Negra e da Brigada Pantanal do Prevfogo controlam o fogo na APA Baía Negra (MS) e impedem mais um incêndio no Pantanal

 

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Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) são entregues às brigadas comunitárias do Trevo Carandazal e Bandeira, em Miranda (MS). A entrega dos EPIs marca a concretização de todo um processo conduzido pela especialista da Ecoa, Fernanda Cano, responsável pela mobilização comunitária, levantamento de brigadistas ativos/as, aquisição e organização logística dos equipamentos, além da articulação local para viabilizar a formação. A iniciativa integra o projeto Fortalecendo Brigadas Comunitárias Voluntárias e Ações de Manejo Integrado do Fogo, apoiado pelo Fundo Casa Socioambiental em parceria com o Juntos pelo Pantanal, projeto do Instituto de Pesquisas Ecológicas (IPÊ), com apoio do GEF Terrestre, por meio do Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (Funbio). A Prefeitura de Miranda também colabora com a ação, que conta com a parceria técnica do Prevfogo/Ibama.

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