A Hidrovia Tietê-Paraná voltou a funcionar no dia 15 de março, depois de 8 meses de paralisação devido à Crise Hídrica que assolou a bacia do rio Paraná em 2021. Uma das causas para a suspensão foi a priorização, na época, para a geração de energia. A retenção de água nas represas reduziu a possibilidade de navegação.
O último conjunto de barcaças deixou o porto de Pederneiras, em São Paulo, no dia 27 de agosto de 2021. A hidrovia esteve paralisada entre 2014 e 2016, também devido à prolongada seca em regiões da bacia do rio Paraná.
Importância econômica e consequências sociais
Em 2020, antes da paralisação, 2,1 milhões de toneladas de cargas foram transportadas pela hidrovia, esperando-se um crescimento no transporte para 2021, o que não ocorreu devido a paralização.
A paralização causou a demissão de 80% dos trabalhadores do porto de Pederneiras. O prejuízo calculado para o setor foi R$ 3 bilhões, de acordo com o sindicato das empresas que transportam na hidrovia.
O transporte de toda a carga que seria da Hidrovia foi para as estradas, com custos mais altos. Segundo o Sindicato um comboio de quatro barcaças leva seis mil toneladas, o equivalente ao transportado por 162 caminhões.
Claro que a equação não é tão simples, pois o tempo de transporte por caminhão é muito mais rápido e a carga é levada diretamente ao ponto de desembarque para exportação, o que não ocorre com a Tietê Paraná, pois a carga é transferida para trens.
O grande alerta advindo do que aconteceu com a Hidrovia Tietê Paraná é que as atenções para as consequências das Mudanças Climáticas devem ser redobradas. Em especial, medidas para garantir mais água para os rios devem ser tomadas através da recuperação das microbacias.