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Ibama impõe multas de R$ 100 milhões a donos de fazenda em Corumbá por incêndio devastador no Pantanal

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Imagem de drone na região de Corumbá (MS). Imagem: Acervo Ecoa/Fernanda Cano

O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) aplicou, na terça-feira (24), multas totalizando R$ 100 milhões a proprietários de uma fazenda em Corumbá (MS) responsável por um incêndio que devastou 333 mil hectares do Pantanal. Essa área foi a mais atingida por um único incêndio este ano, impactando ainda 135 propriedades vizinhas.

O fogo, que começou em junho, foi controlado após 110 dias de esforços conjuntos do Centro Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais (Prevfogo) e outras instituições. Após investigação, os responsáveis foram penalizados por danos à vegetação nativa, sendo a área embargada para recuperação.

O incêndio causou sérios danos ambientais, resultando na morte de animais e na diminuição de recursos para sobrevivência. A fumaça liberada contribuiu para a poluição do ar em várias cidades, o que pode ocasionar problemas de saúde e agravar as mudanças climáticas.

A região marcada indica a localização das fazendas. À esquerda a fronteira com a Bolívia, na região de Corumbá (MS)
Relembre o incêndio

Três focos de fogo, iniciados em 2, 20 e 22 de junho, devastaram 333 mil hectares no Pantanal. As chamas atravessaram a Estrada Parque Pantanal e a rodovia federal BR-262, chegando a apenas 4 quilômetros de Porto Esperança, onde residem 48 famílias às margens do rio Paraguai. O combate realizado por brigadistas do Prevfogo e bombeiros, aliado à mudança na direção e velocidade dos ventos, foi crucial para conter a aproximação do fogo na região da comunidade.

O primeiro foco surgiu abaixo da área conhecida como Paraguai Mirim, a jusante do rio Paraguai, avançando para o sul. O incêndio que começou em 20 de junho foi localizado na margem de uma estrada de terra perto de Porto Morrinho, enquanto o terceiro foco teve origem entre essa região e Miranda (MS).

Segundo imagens de satélite, o incêndio que iniciou dia 23 de julho a partir de um caminhão de frete se juntou com os três focos iniciais, tornando a destruição ainda mais devastadora.

Silvia Helena

Jornalista do Núcleo de Comunicação da Ecoa.

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