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Implementação do Acordo de Paris deve priorizar projetos de eficiência

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Portal da Indústria

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) propôs que o estímulo a ações de eficiência energética e de melhorias operacionais na indústria seja priorizado na implementação do Acordo de Paris, que prevê a redução da emissão dos gases do efeito estufa por parte dos países signatários. Esses são pontos principais de documento entregue pela entidade a representantes do governo neste mês para contribuir com o posicionamento do Brasil na 22ª Conferência das Partes sobre Mudanças Climáticas (COP-22), em Marrakesh, no Marrocos, de 7 a 18 de novembro.

De acordo com a CNI, a necessidade de investimentos deve ser assumida, em sua maior parte, pelos países desenvolvidos. “A contribuição histórica nas emissões de gases de efeitos estufa desses países é e sempre foi significativamente maior”, destaca a diretora de Relações Institucionais da CNI, Mônica Messenberg.

Ela ressalta ainda que as atuais emissões de gases de efeito estufa pela indústria brasileira são muito menores do que as de seus principais competidores internacionais, sobretudo pela matriz elétrica do país, baseada em fontes renováveis, e por tecnologias utilizadas na cadeia produtiva nacional. “Essas e outras iniciativas devem ser ampliadas para aumentar os ganhos econômicos com a mitigação de gases de efeito estufa”, diz Mônica.

Outra recomendação da CNI no documento entregue ao governo é a criação de mecanismos que promovam o reconhecimento de ações de redução de gases de efeito estufa realizadas pelo Brasil. Exemplos dessas ações seriam as medidas estabelecidas no novo Código Florestal, que garantem a manutenção e a restauração de florestas e a política de biocombustíveis.

Juntamente com o documento com contribuições para implementação do Acordo de Paris, a CNI também entregou ao governo propostas para a implementação do Plano Nacional de Adaptação às Mudanças Climáticas. Entre as considerações da CNI, destacam-se a elaboração de metodologias para gerenciamento de risco climático aplicáveis à realidade empresarial, infraestruturas mais adequadas às mudanças do clima e desenvolvimento e transferência de tecnologia para o Brasil.

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