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Incêndio de grandes proporções atinge Serra da Bodoquena e já consumiu 4 mil hectares em MS

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Fundação Neotrópica do Brasil acompanha de perto o combate aos incêndios no Parque Nacional da Serra da Bodoquena. Foto: Letícia Ávila - Fundação Neotrópica do Brasil.

Por Mylena Rocha, Midiamax.

 

Um incêndio de grandes proporções atinge o Parque Nacional da Serra da Bodoquena em Mato Grosso do Sul. A unidade de conservação abrange os municípios de Bodoquena, Porto Murtinho, Bonito e Jardim. As chamas começaram na região do extremo sul do Parque e especialistas apontam que a área queimada chega a 4 mil hectares.

O combate está sendo feito por brigadistas do ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade) desde sábado (7), sendo 14 integrantes de Mato Grosso do Sul e mais 17 que vieram nesta segunda da Brigada Nacional Wellington Peres, de Brasília, com o comando de Estevão Marchesini. Conforme informações da Fundação Neotrópica do Brasil, o fogo está alcançando três frentes no entorno do Parque.

A consultora ambiental da Fundação, Fernanda Cano, esteve presente no combate e auxiliou o trabalho. “Estamos realizando o monitoramento das áreas do fogo por meio do drone e possibilitando uma visão mais sistêmica da área atingida, além de garantir suporte para a equipe”. O trabalho de combate ao incêndio está priorizando as frentes que podem ameaçar áreas importantes e de acesso público, como a Ponte do Rio Perdido, que liga os municípios de Bonito e Jardim.

Nayara Stacheschy é a analista ambiental do ICMBio e reforça que os brigadistas estão atuando a partir de várias frentes para conter os focos do fogo. “Estamos atuando com combate direto, monitoramento, construção da linha de defesa, com aceros de forma manual e com máquinas, e também contando com o apoio dos funcionários da Fazenda Santa Maria, que estão dando apoio logístico inclusive com alojamento”.

Está em estudo o uso da técnica ‘contra-fogo’ para combater o incêndio. “Estamos analisando o uso dependendo da ação do vento, e de uma forma que a gente consiga deixar um vão para que os animais tenham fuga”, disse Nayara à Fundação.

 

Imagem de capa: Letícia Ávila – Fundação Neotrópica do Brasil.

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