– Número de incêndios mais do que dobra em uma das maiores áreas úmidas do mundo – o Pantanal.
– O Inpe identificou 3.683 focos de incêndio de Janeiro a 23 de Julho na região, um aumento de 201% comparado ao ano de 2019.
– A devastação da região e as políticas de Jair Bolsonaro que facilitam o desmatamento, que consequentemente também contribuem para o aumento das queimadas criminosas, é pautada na imprensa internacional.
– O Pantanal visto de fora, é o Pantanal em chamas. E esta é a visão real.
O número de incêndios no Pantanal brasileiro, a maior área úmida tropical do mundo, mais que dobrou no primeiro semestre de 2020 em comparação ao mesmo período do ano passado. Isto tem chamado atenção da imprensa internacional, com destaque para o presidente Jair Bolsonaro e suas políticas para destinar terras a agricultura e outras indústrias sob o discurso de impulsionar o desenvolvimento econômico no Brasil, (Independent).
Tais políticas têm repercutido negativamente no ambiente, como é o caso do que acontece no Pantanal. A região enfrenta uma grande seca, com poucas chuvas e níveis do rio Paraguai baixos em várias partes, fatores que aumentam os riscos de incêndios, ainda que mais de 90% seja provocado pelo ser humano.
Na BBC, destaca-se o trabalho da rede de organizações Observatorio Pantanal e o que vem fazendo para a defesa e proteção da região. Vale ressaltar que o Observatorio promove uma campanha contra o fogo no Pantanal nos três países – Brasil, Bolívia e Paraguai -, chamada “Pequenas Faíscas, Grandes Incêndios”, junto a organizações como a Ecoa que promove a campanha “Queimada Mata”, atuando na formação de brigadas comunitárias para a prevenção e o combate aos incêndios e ações educativas através de rádios, alertas em SMS para as comunidades da região, entre outras frentes de atuação.
Além disso, as organizações vem alertando: “Os membros da rede ambiental do Observatorio Pantanal classificaram os incêndios como ‘um perigo social, pois, além dos danos econômicos e da perda de biodiversidade, os incêndios causam problemas respiratórios, irritação nos olhos e alergias’, segundo o jornal brasileiro O Globo” (BBC).
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Foto de Capa: Chico-Ribeiro/Governo Mato Grosso/Agência Brasil
