Os incêndios continuam. Fogo que agora se espalha para próximo da comunidade de Porto Esperança, localizada a 70 km do município de Corumbá/MS, que durante o amanhecer de segunda-feira, 28/10, avistou na escola local macacos fugindo. Fogo que também consome os pés de acuri (Attalea phalerata), onde os/as moradores/as realizam a colea do fruto. E o ar… irrespirável. Confira o registro de moradora da comunidade de Porto Esperança, Natalina Mendes enviado para a Ecoa.
Em Miranda/MS, o presidente da Associação de Pescadores Artesanais de Iscas de Miranda (APAIM), Liezé Francisco Xavier, conta que, na região, o fogo chegou, aproximadamente, a 50 metros das casas e os próprios moradores precisaram conter, antes que os atingisse. Ele diz que só conseguiram porque, recentemente, fizeram um curso de combate à incêndios realizado pela Marinha. As crianças e os recém-nascidos foram levados de carro para lugares mais distantes da fumaça e as famílias chegaram a ficar até 3 horas dentro dos veículos. Liezé também conta que o fogo destruiu seus apiários, fonte de renda para as famílias.
Perguntamos sobre os novos incêndios no Pantanal: “A gente não sabe dizer quem, mas sabemos que é um incêndio provocado. São vários focos ao mesmo tempo, concentrados numa só área”, afirma Fabio Catarineli, coordenador da Defesa Civil de MS. Seria um “Dia do Fogo” articulado como na Amazônia?
A Ecoa continua a acompanhar a situação das queimadas no Pantanal diretamente. #QueimadaMata é uma campanha permanente.
Foto de Capa: Natalina Mendes – outubro, 2019.