– Realizados a cada quatro anos, os Fóruns Regionais de Conservação (neste caso, o sul-americano) são fundamentais para a construção do programa de quatro anos da UICN e para discutir as prioridades que permitem à organização continuar cumprindo seu papel e exercendo sua liderança como a maior rede ambiental e mais diversificada do mundo.
Ciudad del Este, Paraguai, 12 de agosto de 2019 (UICN) – Membros da União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN), representantes de suas comissões, secretaria e vários atores regionais estarão juntos por três dias no Paraguai para conhecer os avanços alcançados no programa em vigência da organização e seus principais impactos nas políticas públicas de conservação. Durante a reunião, que começa nesta segunda-feira, 12 de agosto, em Ciudad del Este, cerca de 100 participantes discutirão os principais pontos da agenda pós-2020, bem como os compromissos assinados em 2016 (durante o Congresso Mundial de Conservação) e os avanços da agenda ambiental.
Grethel Aguilar, diretora geral responsável pela UICN, destaca a importância do encontro para o posicionamento da América do Sul no contexto global de conservação. “Como latinoamericana digo con propiedad que estamos en la región más biodiversa del mundo y que la estamos perdiendo a un ritmo sin precedentes. La movilización conjunta de los actores es fundamental y urgente para promover el desarrollo económico y social sostenible y compatible con los esfuerzos para la protección de la naturaleza”.
No âmbito da implementação do Programa UICN 2017-2020, os países sul-americanos promoveram a efetiva governança dos recursos naturais, incluindo ações transnacionais e locais, especialmente em áreas protegidas, gestão de bacias hidrográficas compartilhadas entre países, restauração produtiva da paisagem e adaptação às mudanças climáticas, usando soluções baseadas na natureza. Os direitos dos povos indígenas e comunidades locais, os princípios de equidade de gênero e igualdade e resiliência dos meios de subsistência têm sido questões centrais, bem como a inserção daqueles/as na economia, através da promoção de produtos locais em mercados mais amplos.
Álvaro Vallejo, diretor da UICN América do Sul, destaca a importância da colaboração neste contexto: “El trabajo conjunto es de suma importancia para detener la disminución masiva de especies, tanto en tierra como en el océano. Lo que logremos hacer en la próxima década será decisivo para el futuro de la humanidad.”.
Ana Di Pangracio, presidente do Comitê de Membros da UICN na América do Sul, reforça a importância dos comitês para a construção do programa global: “Nuestra región es pionera en lo que hace respecto de la constitución y funcionamiento efectivo de los comités nacionales y del regional. Además hay que destacar que el comité regional promueve siempre el armado de la agenda e incidencias del Foro camino al Congreso Mundial de la Naturaleza que define temas de gobernanza de la Unión para los siguientes cuatro años, a través de un muy valorado proceso participativo”.
A Ecoa é membro da UICN desde 2008, de modo que contribui nas ações promovidas pela União e na construção da sua agenda. No Fórum que acontece esta semana em Ciudad del Este, está o diretor presidente da Ecoa, André Luiz Siqueira.
Foto de Capa: Via Facebook UICN