/

Moradores temem impactos de novo porto no Peru

3 minutos de leitura
Porto de Callao, maior terminal portuário em operação no Peru. (Imagem: Presidencia Perú / Flickr, CC BY-NC-SA).
  • O porto será o terceiro maior do Peru.
  • Ele pode impulsionar dezenas de projetos no distrito de Marcona que, há decadas, vive em conflito com a mineração.
No início de 2024, autoridade do Peru anunciaram que o distrito de Marcona – no sul do país – seria convertido em um polo de mineração. A construção deve ocorrer graças à construção do terceiro maior porto peruano. O Terminal Portuário de San Juan de Marcona será administrado por uma subsidiária da empresa chinesa Jinzhao Mining. O local poderá atrair investimentos de mais de 15 bilhões de dólares.
Muitos moradores e organizações temem impactos no meio ambiente e vida das pessoas que vivem na região.
“Quando há vento, fica tudo preto” relatou Washington Espinoza, presidente da associação de pesca artesanal de San Juan de Marcona ao Dialogue Earth. “Quando há vento, o metal vai parar no mar, e isso afeta a vida marinha”, completa.

Ele se refere às atividades de mineração ativas na região e teme os impactos de novas obras que podem ameaçar o ecossistema já fragilizado.

Novo Megaporto

San Juan de Marcona é uma vila de pescadores localizada a 530 quilômetros da capital do Peru, Lima.

Além de suas importantes reservas de minério de ferro, abriga duas áreas naturais protegidas: San Fernando e Punta San Juan. Esses locais possuem a maior colônia da espécie ameaçada pinguins-de-humboldt, além de espécies como leões marinhos, anchovas, caranguejos e a baleia-azul.

Em 2005, o país declarou a obra como uma necessidade e utilidade pública. De acordo com o Ministério de Energia e Minas do Peru, em 2018, empresas chinesas manifestaram o interesse em construí-lo.

Em março deste ano, a Jinzhao venceu a licitação para financiar, construir e operar o porto por 30 anos. A empresa também será responsável por operar a mina Pampa de Pongo, que está sendo construída a 40 quilômetros de Marcona.

Com informações de Dialogue Earth Brasil.

Deixe uma resposta

Your email address will not be published.

Mais recente de Blog

Energia elétrica – o paradoxo brasileiro: energia mais cara e excesso de produção. Apesar das chuvas dos últimos dias em várias bacias hidrográficas, os níveis dos reservatórios continuam baixos e em razão desse quadro a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) continua aplicando a bandeira vermelha, patamar 1 na tarifa de energia elétrica. Segundo a Aneel, o cenário é pouco favorável à geração hidrelétrica, com chuvas abaixo da média e consequentemente os reservatórios em queda, entrando para compensar as usinas termelétricas, que têm operação mais cara, o que determina a bandeira vermelha patamar 1 – acresce R$ 4,46 a cada 100 kWh consumidos.

O paradoxo indicado no titulo está no fato de que, mesmo com reservátorios com baixos niveis,