Alexandre Mansur escreveu um artigo na Época mostrando como ONGs e suas redes vêm assumindo protagonismo “para documentar os impactos iniciais, entender a dimensão da tragédia e dar voz aos atingidos”, nas palavras de Fabiana Alves, do Greenpeace. Lições do desastre da Samarco foram aprendidas e a reação das organizações da sociedade foi muito mais rápida e mais eficaz. Mais, elas entendem que o período de comoção geral passa e sobra muito trabalho a ser feito depois que o desastre sai das primeiras páginas.
Mansur descreve o que vem pela frente, que “vai desde assistência técnica para agricultura sustentável (capaz de ajudar na regeneração ambiental da vegetação e do rio) até orientação para mediação de conflitos, desenvolvimento de lideranças locais, valorização da cultura da região, criação de novas relações comerciais e de produção para compensar os impactos econômicos do desastre.”
Em tempo: Ricardo Salles bloqueou o Observatório do Clima e o Greenpeace da sua conta no Twitter, “porque a turma estava tumultuando, ao invés de debater”. O ministro que mais ama microfones e holofotes se recusou a conceder audiência para uma ONG dizendo que não tinha tempo.
Foto: Adriano Machado / Reuters