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Operação deflagrada após morte de grávida apreende 750 litros de agrotóxicos vencidos que seriam despejados em terras indígenas

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Imagem: Divulgação/Ibama

Com informações da assessoria do Ministério Público Federal em Mato Grosso do Sul

Uma operação conjunta envolvendo Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis), Funai (Fundação Nacional dos Povos Indígenas) e Iagro-MS (Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal), com apoio da PRF (Polícia Rodoviária Federal), resultou na aplicação de mais de R$ 1 milhão em multas e o confisco de aproximadamente 750 litros de agrotóxicos. A ação, realizada nas comunidades indígenas Jaguapiru, Panambizinho e Guyraroká (municípios de Dourados e Caarapó), ocorreu na segunda quinzena de junho e durou quatro dias.

Parte dos agrotóxicos era adquirida sem receitas agronômicas (Imagem: Divulgação/Ibama)

 

A origem da investigação foi uma tragédia que aconteceu em 12 de março deste ano, quando uma gestante indígena de 32 anos faleceu com suspeitas de envenenamento por agrotóxico. Ela e outros familiares passaram mal depois que um homem aplicou os produtos químicos em uma propriedade vizinha. A vítima foi hospitalizada, mas morreu cerca de 24 horas depois.

O MPF (Ministério Público Federal) solicitou então uma fiscalização na região, uma vez que o plantio de lavouras de milho e soja tem aumentado muito dentro das terras indígenas. O ofício enviado aos órgãos ambientais também citava registros de que parte dos produtos agrícolas utilizados nessas plantações foi contrabandeada do Paraguai.

O desdobramento desse pedido culminou na operação, que teve o propósito de conscientizar os agricultores sobre o uso adequado de agrotóxicos e verificar a regularidade do plantio. Uma segunda fase está prevista para o segundo semestre, para que os fiscais verifiquem se os proprietários rurais autuados corrigiram as irregularidades constatadas.

 

Fiscalizações ocorreram em comunidades indígenas de Dourados e Caarapó (Imagem: Divulgação/Ibama)

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