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Países em desenvolvimento precisam investir mais US$ 200 bi em energia

3 minutos de leitura

Texto originalmente publicado em: 08/10/09

Os países em desenvolvimento precisarão fazer investimentos adicionais de US$ 200 bilhões em 2020 para melhorar a eficiência energética em suas indústrias, construção, no uso de energia limpa e na nova geração de veículos híbridos e elétricos.

A estimativa é da Agência Internacional de Energia (AIE), antecipando conclusões de um relatório que vai divulgar em novembro sobre transformações no setor de energia e suas consequências financeiras sob um acordo global de combate à mudança climática.

Em 2020, o setor energético na Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) precisará também investir US$ 215 bilhões a mais, além de ter de ajudar os países em desenvolvimento. Os benefícios com poupança energética, redução da importação de combustível e na qualidade do ar compensarão em muito os custos adicionais, avalia a entidade sediada em Paris.

Para alcançar a “revolução energética “, o aumento de investimentos necessários é de US$ 10 trilhões entre 2010 e 2030 no setor, equivalente a 0,5% do PIB global em 2020 e aumentando para 1,1% do PIB em 2030.

Mas somente a poupança no uso de combustíveis na indústria, nos transportes e em construção pode chegar a US$ 8,6 trilhões entre hoje e 2030, quase similar aos investimentos adicionais nesses setores.

A AIE, que é ligada aos países ricos, confirma que a crise financeira e econômica tem tido um impacto considerável no setor energético globalmente. Investimentos em tecnologias ambientais foram adiados. Além disso, as emissões de carbono estão caindo este ano em até 3%, mais do que qualquer tempo nos últimos 40 anos, já que a produção recuou.

Ou seja, na prática, a crise global está conduzindo a uma redução de emissões de 5% até 2020, mais do que previamente estimado, mesmo na ausência de políticas adicionais para combater o problema.

Para a AIE, a crise global “criou oportunidade” para colocar o sistema energético mundial na trajetória de estabilização das emissões de gases, em linha com uma alta da temperatura de 2 graus.

O diretor executivo da AIE, Nobuo Tanaka, apresentou as conclusões numa conferência climática em Bangcoc. Alertou que, se o mundo continuar com a mesma política energética e climática de hoje, as consequências para a mudança climática serão severas. “A energia está no centro do problema”, afirmou.

Para a AIE, a China está tendo um papel de liderança no combate à mudança climática.

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