As empresas que trabalham com pesca esportiva receberam 52.045 turistas, que movimentaram R$ 101 milhões, na última temporada, em Corumbá, a 419 quilômetros de Campo Grande. Os dados são do Observatório de Turismo do Pantanal, da Fundação de Turismo.
O segmento registrou crescimento de 1,92% nos últimos dois anos. Segundo a prefeitura da cidade, a atividade movimenta a economia durante nove meses e garante emprego e renda para 990 moradores.
A temporada vai de março a outubro, quando é permitida a realização da pesca esportiva nos rios da região da bacia pantaneira. Nesse tempo, aumentam as vagas de emprego para os que trabalham como guias de pesca e prestadores de serviços aos visitantes nas pousadas, hotéis e nos cruzeiros fluviais, comerciais e de esporte, recreio e lazer.
Durante a piracema, entre janeiro e dezembro, a pesca é proibida. A partir de fevereiro, é permitido o pesque e solte, quando os pescadores fisgam o peixe, medem, pesam, tiram fotos, retiram o anzol e devolvem ao seu habitat.
De acordo com análise do Observatório do Turismo, os cruzeiros fluviais comerciais e de esporte, recreio e lazer puxaram o crescimento da atividade de pesca no município. Entre os praticantes brasileiros, os mais assíduos são os paulistas, além dos visitantes do Paraná e Minas Gerais. Nos últimos dois anos chamou a atenção o aumento do público feminino, que cresceu 8,4%.
Os pescadores que optam anualmente pelos polos turísticos rurais, por sua vez, demonstraram maior sensibilidade a instabilidade econômica nacional e alguns adiaram a sua viagem de pesca. Com isso, houve retração de 12% no número desse perfil de turista. A pesquisa não inclui os turistas que utilizam as chamadas segunda residência, também conhecidas na região como “ranchos”, que frequentemente recebem amigos e parentes de outras localidades.
Conforme informações de operadoras que trabalham com viagens para os destinos de pesca no Pantanal de Corumbá com cruzeiros fluviais, os pacotes variam de R$ 3,5 mil a R$ 4,8 mil, com hospedagem de turistas que costumam ficar de três a sete dias. Nas pousadas rurais, o preço médio praticado varia em torno de R$ 1.425,00, com permanência média de três dias.
Fonte: Caroline Maldonado – Campo Grande News