Paula Isla Martins, pesquisadora que compõe a equipe da Ecoa, foi aprovada em primeiro lugar em processo seletivo para cursar parte do doutorado na Universidade do Kansas, nos Estados Unidos. Atualmente, Paula é doutoranda em Ecologia e Conservação na Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, onde faz parte do Laboratório Laboratório de Ecologia de Intervenção (LEI-UFMS).
Leia também: Pesquisa identifica áreas prioritárias para prevenção de incêndios e restauração pós-fogo no Pantanal
A pesquisadora atua com o planejamento espacial e econômico da intervenção pós-fogo no Pantanal, o que inclui a identificação de áreas prioritárias para prevenção de incêndios e restauração. Na Universidade do Kansas, Paula será orientada por Andrew Townsend Peterson, um dos maiores especialistas em modelagem de nichos ecológicos. A técnica cria mapas a partir da ligação entre variáveis ambientais e pontos de ocorrência das espécies para ver onde elas tem mais chance de ocorrer.
“Essa pesquisa vai ser importante porque vou poder entender a distribuição das espécies sensíveis ao fogo. Nós vamos ver o que acontece com as espécies sensíveis se a gente usar a manejo integrado do fogo, o que acontece com elas considerando as mudanças climáticas”, explica Paula.
Uma das espécies foco da pesquisa realizada por Paula é o pau santo, que possui grande importância para comunidades indígenas do Pantanal e Cerrado. “O Pau-santo origina a resina preta que os indígenas Kadiwéu utilizam em suas pinturas e artesanatos. Com a pesquisa, vou criar mapas utilizando variáveis ambientais e entender quais são as áreas mais aptas para ter essas espécies”.
Na Ecoa, Paula atua em especial na agenda de Infraestrutura e Energia, acompanhando o financiamento do desenvolvimento e monitorando a construção de represas na Bacia do Alto Paraguai. Além disso, é também representante da Rede Pantanal.