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Polícia Federal faz ação para identificar pecuaristas que desmatam na maior terra indígena do Pantanal

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A Polícia Federal deflagrou, na quarta-feira (21), a operação Ceuci, para investigar crimes ambientais e invasão de terra da União na maior terra indígena do Pantanal, Terra Indígena Kadiwéu, em Mato Grosso do Sul, a única sociedade indígena do Centro-Sul do Brasil com mais de meio milhão de hectares demarcados.

Os grupos investigados agiam de forma ilegal no território com extração de madeira e ocupação do território para pecuária. Participaram da operação 110 policiais. A investigação dos crimes ocorre desde 2019.

A Terra Kadiwéu sofre com problema histórico ligado à extração ilegal de madeira e desmatamento, crimes denunciados há anos pelos habitantes das aldeias Barro Preto, Bodoquena, Campina, São João e Tomázia.

Localizada na região que abrange desde Bodoquena (MS) até Porto Murtinho (MS) – na linha de fronteira com o Paraguai – os 538.536 hectares dessa terra abrigam cerca de 1,5 mil pessoas, com destaque para os Kadiwéu, que dão nome a esse território.

É mais um sinal do desgaste ambiental do Pantanal. O desmatamento está diretamente ligado à seca que assolou a região este ano e intensificou a temporada de queimadas. Como já havia mostrado levantamento da Ecoa, o desmatamento no Pantanal aumentou. Em seis meses de 2020, 80% do total desmatado em 2019 já ocorreu, um total de 13.319 hectares de janeiro a junho. Apenas 1,8% desse desmate ocorreu de forma legalizada.

Ao longo da ação, 30 mandados de busca e apreensão foram cumpridos em Miranda (MS), Bodoquena (MS) e Campo Grande (MS). Além da Polícia Federal, participaram da operação agentes do Ibama e militares do Exército.

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