Por Procel Info
Rio de Janeiro – Com o objetivo de acelerar a implementação de Eficiência Energética em pequenas e médias indústrias, o Programa PotencializEE lançou em novembro o guia técnico “Eficiência Energética na tomada de decisão” (clique aqui). O conteúdo apresenta as vantagens da implementação de ações de Eficiência Energética para pequenas e médias indústrias. Coordenado pela Agência Alemã de Cooperação Internacional (GIZ) e liderado pelo Ministério de Minas e Energia (MME), o Programa PotencializEE tem foco no estado de São Paulo e já registra mais de 700 PMEs industriais inscritas desde que foi lançado, em junho de 2021.
Com uma linguagem simplificada e colocando todos os pingos nos “is” sobre dúvidas relacionadas à eficiência energética, o guia mostra os benefícios da EE – sendo um deles uma economia nos custos com energia entre 5% e 15%. Apesar de o dado sozinho já ser um argumento forte para a implementação de ações de EE, o guia explica por que é preciso investir nela e o que deve ser considerado para o investimento, como realizar a compra de equipamentos mais eficientes e sua manutenção, o que o futuro reserva para a Eficiência Energética e outros pontos importantes para a tomada de decisão.
Com dados de pesquisas de diferentes instituições brasileiras e internacionais, o conteúdo também faz um comparativo do valor de energia no Brasil e de outros países, reforçando a necessidade da adoção da EE para que as indústrias nacionais ganhem competitividade no mercado.
“Segundo a Confederação Nacional da Indústria (CNI), o custo da energia elétrica para a indústria brasileira é um dos mais altos do mundo. Indústrias de países como Estados Unidos, Coreia do Sul e México pagam bem menos pela energia elétrica e o custo do gás natural no Brasil para a indústria é quase três vezes o custo nos Estados Unidos, de acordo com a Abrace”, aponta o guia, que fala ainda dos impactos do aumento do custo de energia durante a pandemia da Covid-19 nas micro e pequenas empresas.
“Para a micro, pequena e média indústria, a alternativa mais promissora para minimizar os custos com energia é investir na melhor gestão possível. Ou seja, é preciso reduzir o consumo, sem reduzir a segurança das operações, mantendo a qualidade nos produtos”, afirma o documento disponível no site do programa. “Apesar dos investimentos em eficiência energética enfrentarem algumas barreiras para implementação, a extensa lista de benefícios ao longo do tempo torna esse investimento muito atrativo, em termos energéticos e financeiros.”
Ao longo de 43 páginas, o guia também demonstra a importância de implementar ações de eficiência energética com uma abordagem sistêmica e não apenas com medidas isoladas. Como boa parte das indústrias brasileiras ainda negligencia a sua importância, principalmente quando se trata de seus gestores, o resultado é a perda de oportunidade de conquistar uma vantagem competitiva em relação aos concorrentes.
Além das vantagens financeiras, o guia apresenta os ganhos ambientais da implementação da EE, que se alinha com a exigência do mercado para que os negócios sejam mais verdes, em especial quando se trata da redução de emissão de CO₂ para conter as mudanças climáticas. O PotencializEE, que inclui ações de diminuição de produção de gás carbônico em seus planejamentos de EE, tem como meta reduzir 1,1 milhão de toneladas de CO₂ emitidos pelas PMEs industriais do estado de São Paulo até o fim do programa, em 2024.
Indústrias do estado interessadas em alcançar esses e outros números podem agendar uma visita técnica gratuita com um dos especialistas do PotencializEE, certificados pelo Senai-SP, no site do programa. Após o pré-diagnóstico, o processo de implementação de EE é acompanhado pelos profissionais até que os objetivos apontados no plano sejam alcançados.
* Com informações do Programa PotencializEE
