Por Alcides Faria (Ecoa)
Como se sabe, a fumaça contém partículas de vários tamanhos, incluindo finas e ultra-finas, as chamadas de PM2.5 (são menores que 2,5 micrômetros), as quais atingem os alvéolos pulmonares, reduzindo sua capacidade de funcionamento, provocam resposta inflamatória e chegam à corrente sanguínea. O aumento desse tipo de poluição é um problema principalmente para crianças, como atesta o aumento no número de internações por causas respiratórias em períodos de queimadas.
Pode a poluição do ar advinda das queimadas agravar o quadro da pandemia?
Não existe uma análise sobre o assunto ainda, mas a probabilidade é alta. Estudo nos Estados Unidos identificou que um pequeno aumento nas concentrações de PM2,5, de 1 micrograma por metro cúbico, está associado a um aumento de 8% na taxa de mortalidade da COVID-19. Na Holanda o valor equivalente poderia ser de até 16,6%.
Imagem de Capa: Mapa Inpe via G1.