Por Luana Campos – Ecoa
Em junho de 2020, a cidade de Marselha, na França, receberá o Congresso Mundial de Conservação da Natureza, realizado pela União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN), maior rede de conservação do mundo. Um momento único onde a rede, formada por membros de mais de 160 países, definirá questões e ações fundamentais e urgentes para a conservação da sociobiodiversidade a nível global.
As demandas são definidas por meio de moções – propostas enviadas pelos membros institucionais da UICN, que retratam desafios ambientais de grande magnitude. A Ecoa teve três moções aceitas para votação.
A moção “Represas na bacia do Alto Paraguai, Pantanal e o Sistema Úmido Paraguai-Paraná”, de autoria da Ecoa – e firmada por várias organizações da América do Sul – alerta sobre os severos impactos que as instalação de represas tem causado na Bacia do Alto Paraguai e em todo o Pantanal.
A Ecoa também é co-autora nas moções, “Integração do Cerrado na cooperação internacional e nos fundos ambientais globais”, de autoria do Instituto Sociedade, População e Natureza Brasil (ISPN), e “Declaração de prioridade de conservação de florestas tropicais secas na América do Sul”, de autoria da Fundación para la Conservación del Bosque Chiquitano Bolivia (FCBC).
Caso eleitas as propostas devem incorporar a agenda da UICN até 2024.
Como a diversidade de temas e problemas ambientais é muito diversa – em termos culturais e de cenários mutáveis de dinâmica política e econômica – as moções servem de instrumentos que ajudam a rede a priorizar e articular suas metas e esforços. Graças a grande incidência em políticas ambientais da IUCN, elas chamam a atenção de governos e instituições no mundo todo para as problemáticas retratadas.
O Congresso Mundial da Natureza ocorre a cada quatro anos e reúne comunidade científica, universidades, ONGs, povos indígenas e tradicionais, empresas, conservacionistas, líderes e representantes de governos.
