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Técnicos da SEMA são impedidos de realizar audiência pública sobre PCHs

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pchs-manifestacao-audiencia-publicaAquele ditado popular “A união faz a força”, foi demostrado no final da tarde da última terça-feira (17) em Barra do Bugres, durante a Audiência Pública sobre a construção de mais três PCHs (Pequena Central Hidrelétrica) no Rio Juba o maior afluente do Rio Sepotuba e consequentemente o Pantanal.

Os manifestantes mostraram sua insatisfação e não permitiram a realização da audiência, em posse de de apitos, faixas e cartazes, manisfestaram suas indignação contra os profissionais que iriam apresentar o projeto de impactos das três PCHs.

Foto registrada pelos assentados no último dia 05/10/2015, na ocasião que a cachoeira estava totalmente sem águas.
Foto registrada pelos assentados no último dia 05/10/2015, na ocasião que a cachoeira estava totalmente sem águas.

Senhor Edius Cândido Miranda popularmente conhecido por Cabral estava indignado com o projeto. “Faz parte do projeto funcionamento de 11 pequenas Hidrelétricas nos Rio Sepotuba e Juba, esses rios não comportam esse tanto de usinas de energias”, disse se referindo a uma foto registrada pelos assentados no último dia 05/10/2015, na ocasião que a cachoeira estava totalmente sem águas.

De acordo com os manifestantes a construção das barragens das três primeiras PCHs – Pequena Central Hidrelétrica, causará impactos sociais, econômicos e ambientais irreversíveis. Destruirá a mata conservada dos rios inundando as terras férteis de várias comunidades afetando biodiversidade da região. Haja visto que serão necessárias uma área de 1066 hectares de alagamentos sendo: 544 hectares na PCH Corredeira, 91 hectares na PCH Usina Velha e 431 hectares na PCH Tapirapuã.

De acordo com o presidente da Colônia Z10 de pescadores de Barra do Bugres, impetrou junto ao Ministério Público de Mato Grosso e também ao Ministério Público Federal uma liminar para que o órgão não realizasse a audiência por entender que as classes de pescadores profissionais serão prejudicados com as PCHs, mas não obtiveram resposta.

Citando como exemplo a bacia do rio Jauru que apresenta problemas sociais gravíssimos pela queda da produção pesqueira, devido a implantação de 6 barragens.

Os sítios Ramsar do Parque Nacional do Pantanal Mato-Grossense e da RPPN SESC Pantanal estão vulneráveis às mudanças do regime hidrológico da região relacionadas às hidrelétricas já implantadas na bacia, afetadas ainda potencialmente pelas mudanças climáticas.

Ainda não existe data certa para a próxima audiência em Barra do Bugres, mas acredita que dentro de um prazo de 40 dias será realizada.

Fonte: Nilson Guedes – Barra1

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