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8ª Expedição de Educação Ambiental: com coordenação da PMA de Corumbá, Ecoa e MPT entregam itens fundamentais em comunidades pantaneiras

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Equipes da Expedição reunidas na T.I. Guató. Imagem: Silas Ismael

A parceria da Ecoa com o Ministério Público do Trabalho (MPT) continua firme em prol das comunidades ribeirinhas pantaneiras em mais uma Expedição de Educação Ambiental do Pantanal, realizada Polícia Ambiental de Corumbá. Com o objetivo de contribuir para o desenvolvimento social da região e garantir os direitos humanos básicos de acesso à alimentação e à água potável, representantes dessas instituições percorreram mais de 700 km ao longo do rio Paraguai, entre os dias 01 e 06 de outubro.

No percurso foram distribuídas cestas básicas e filtros d´água de barro para 160 famílias e, ainda, Equipamento de Proteção Individual (EPI) para os catadores de iscas. Além de oferecer segurança contra ataques de jacarés, cobras e insetos, os EPIs são importantes para a saúde desses profissionais, também conhecidos como isqueiros. O tempo prolongado de trabalho dentro dos banhados e corixos propicia o aparecimento de doenças dermatológicas e, nas mulheres, ginecológicas. Para evitar essas complicações, os EPIs, simbolizados, principalmente, pelos macacões, são itens fundamentais para o trabalho.

Rosimara Caldeira, procuradora do Ministério do Trabalho e Fernanda Cano, gestora ambiental da Ecoa, entregando cestas básicas e filtros na Terra Indígena Guató. Foto: Sérgio Massao

Filtros de barro

O acesso à água potável é um direito humano básico e mesmo uma região como o Pantanal, considerada uma das maiores extensões úmidas contínuas do planeta, ainda carece de políticas públicas que possibilitem o consumo de água limpa. A alteração no regime de chuvas, bem como a expansão da fronteira agrícola nas bordas da planície têm comprometido a qualidade deste bem vital para o bem-estar da população.

Em uma ação inédita da Ecoa junto com o MPT, filtros de barro foram distribuídos para as comunidades ribeirinhas. Esse velho conhecido das casas brasileiras foi identificado por ter a melhor tecnologia de filtragem do mundo. Conforme o pesquisador estadunidense Colin Ingram, autor do livro The Drinking Water Book”, o filtro de barro garante a filtragem de chumbo e de parasitas causadores de diarreia e infecções intestinais. Essa tecnologia social também mantém a água fresquinha, cerca de cinco graus centígrados abaixo da temperatura ambiente, o que é perfeito para o Pantanal que tem sofrido com temperaturas altíssimas. Para entregar este artefato presente na memória de tantos brasileiros, a procuradora Rosimara Delmoura Caldeira e a gestora ambiental da Ecoa, Fernanda Cano, foram até as comunidades ressaltar as qualidades do filtro de barro.

 

Procuradora Rosimara Caldeira atendendo a comunidade

 

Casal recebendo cesta básica e filtro de barro

A viagem pelo rio Paraguai  foi uma atividade da 8ª Expedição de Educação Ambiental, coordenada pela Polícia Ambiental de Corumbá e, além da Ecoa, contou com  participação da SOS Pantanal,  IASB, IHP, Prefeitura de Corumbá, Secretaria de Educação do governo do Estado, Ministério Público do Trabalho, Grupamento de Policiamento Aéreo/PMMS, projeto Florestinha – BPMA e Chalana Esperança. As comunidades visitadas foram Paraguai Mirim, São Francisco, Porto Chané, Porto Amolar, Barra de São Lourenço, Porto Mangueiral e Terra Indígena Guató.

Embarcação Mitã Rory rumo à Terra Indígena Guató

Luciana Scanoni

Antropóloga e coordenadora do Núcleo de Comunicação da Ecoa.

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