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80% de mudas nativas sobrevivem após plantio em projeto executado pela Ecoa

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O plantio de mudas nativas é uma das atividades realizadas no projeto “Restauração estratégica e participativa no Pantanal”, executado na Área de Proteção Ambiental Baía Negra, no Pantanal de Ladário (MS). Com o retorno das atividades do projeto, Thiago Saiefert, biólogo e consultor elaborou um diagnóstico técnico que conclui que cerca de 80% das mudas sobreviveram após o plantio, o que indica o sucesso da atividade. 

Apoiado pelo Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (FUNBIO), por meio da agência Global Environmental Facility (GEF Terrestre), o projeto é coordenado pelo Diretor Presidente da Ecoa, André Siqueira, e compõe as Estratégias de Conservação, Restauração e Manejo para a biodiversidade da Caatinga, Pampa e Pantanal, coordenadas pelo Ministério do Meio Ambiente , implementada pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e executada pelo FUNBIO.

Muda de Piúva plantada na Unidade de Conservação APA Baía Negra. (Foto: Thiago Saiefert)

O plantio de mudas nativas acontece em áreas da APA Baía Negra que sofrem com a invasão de uma espécie de planta exótica, a leucena (Leucaena leucocephala). Além de se propagar com facilidade, a espécie invasora impede o desenvolvimento da biodiversidade nativa. Por isso, foi necessário um longo trabalho de controle da leucena na região, um dos eixos estratégicos do processo de restauração ecológica na Unidade de Conservação. 

Leia também: Controle de leucena é desafio em projeto de restauração no Pantanal

Thiago Saiefert explica que o cenário climático atual favorece a espécie invasora. “A seca no Pantanal dos últimos quatro anos possibilita a expansão da área de ocupação da Leucena, visto sua limitação na região estar atrelada às inundações”.

Trabalho de controle da leucena na APA Baía Negra (Foto: Gustavo Ibarreche de Menezes)

Próximas etapas

O trabalho dentro do projeto também inclui a limpeza do lixo e o trabalho preventivo do controle de incêndios desempenhado pela brigada comunitária voluntária da APA Baía Negra, formada pela ECOA em 2021, sobretudo na prática de implementação de aceiros.  

As próximas etapas do projeto compreende a transposição de solo para a área com histórico de mineração, o manejo da manutenção das mudas sobreviventes, concomitante à supressão das leucenas que permaneceram e a continuidade no replantio de mudas nativas nos hectares envolvidos na restauração no decorrer do projeto. O trabalho de educação ambiental e prevenção de incêndios também caracterizará a presença da ECOA e parceiros na APA Baía Negra ao longo do ano.  

Mudas produzidas pela comunidade tradicional da APA Baía Negra (Foto: Thiago Saiefert)
Muda de Aroeira (Foto: Gustavo Ibarreche de Menezes)

Manuela Nicodemos

Comunicóloga e Socióloga da Ecoa

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