Eficiência energética: Mas afinal, o que é isso? E porquê ela pode ser considerada a fonte de energia mais limpa do mundo? Bem, por ser uma atividade que consiste em utilizar os recursos naturais de forma eficiente – bem ao estilo fazer mais com menos – a eficiência energética pode ser considerada a energia que se deixa de produzir.
Usos e aplicações: A compra de equipamentos com o selo Procel, é um exemplo bem próximo de como podemos adotar a eficiência enérgica em nossos lares. Trocar as lâmpadas incandescentes por lâmpadas de LED, também. Apesar de serem mais caras, as lâmpadas LED podem significar uma economia de quase 90% por hora, em relação às lâmpadas convencionais, segundo dados da ABESCO (Associação Brasileira das Empresas de Serviços de Conservação de Energia).
Na indústria, a substituição de motores elétricos mais antigos, por equipamentos com maior nível de eficiência, é um desafio constante no Brasil. E cada vez mais necessário em termos de competitividade e produtividade. Anualmente, somente os motores elétricos dos sistemas motrizes e de refrigeração, no setor industrial, respondem por 25% do consumo nacional de energia.
O investimento em baterias, com cada vez mais capacidade de armazenagem, também faz parte dos caminhos da eficiência energética. Bem como os sistemas de geração distribuída solar fotovoltaica.
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Saída inteligente (e eficiente!): Os benefícios econômicos, sociais e ambientais da eficiência energética são evidentes. Alívio na conta de energia, maior vantagem competitiva para empresas, redução no uso de recursos naturais. Elementos que podem, inclusive, contribuir para a descarbonização da economia nacional.
Ao investir em políticas públicas, que promovam tal eficiência, o país evita investimentos altamente destrutivos em represas hidrelétricas e usinas térmicas, por exemplo. De quebra, pode gerar empregos e avançar em desenvolvimento tecnológico. Em 2016, foram gerados 413 mil postos de trabalho, ligados à área, segundo a Mitsidi Projetos.
Brasil na rabeira global: No atual cenário nacional, apesar de ser considerado um campo fértil para investimentos na área, o país ainda ocupa o 20° lugar no ranking mundial de eficiência energética, de um total de 25 países analisados. O relatório Energy Efficiency Indicator, mostra que enquanto organizações alemãs pretendem investir até 83% em eficiência energética em 2019, no Brasil apenas 47% dos executivos indicaram que irão elevar seus investimentos.
Mas já existem indícios de avanços. Um levantamento realizado pela ABESCO, indica que o mercado nacional conta com cerca de US$ 260 bilhões de investimentos em projetos e iniciativas que visem economizar energia. Para 2019, a partir de agosto, a portaria interministerial MME/MCT/MDIC número 1, de 29/6/2017, aumenta a exigência do nível mínimo de eficiência para motores trifásicos – motores elétricos, ventiladores de teto, ar condicionado e transformadores – contribuindo para o cenário de redução do consumo de energia.
Com informações de:
Eficiência energética: por que o mundo, empresas e pessoas precisam cada vez mais dela – G1/Santa Catarina
Eficiência energética pode gerar negócios de US$ 260 bilhões – Canal Energia
Eficiência energética – Brasil na rabeira global – Alcides Faria
Investimento em eficiência energética será maior em 2019, aponta pesquisa – Procel Info
Imagem de capa via Blog Vanderhulst
Texto originalmente publicado em 22 de abril de 2022