Texto originalmente publicado em: 13/08/09
Duas comunidades de Miranda – MS, que desenvolvem um projeto em parceria com a Ecoa e apoiado pelo Programa de Pequenos Projetos Ecossociais – PPP Ecos, receberam a visita do Ponto Focal do Instituto Sociedade, População e Natureza – ISPN, Isabel Figueiredo.
Os encontros foram realizados com os membros das associações dos Pescadores Artesanais de Iscas de Miranda – APAIM e de Moradores e Produtores do Assentamento Bandeirantes, ambas trabalham com o projeto de uso sustentável da bocaiuva e outras espécies de frutos nativos na comunidade.
“O apoio do PPP veio na hora certa. Hoje estamos passando por um grande problema que é a seca na nossa região. No ano passado, nesta época, estávamos coletando muitas iscas numa região que há dez anos nós trabalhamos. Esse apoio do Programa está fazendo com que dê um alivio na gente e crie essas alternativas de renda”, comenta Cilas dos Santos, coordenador do Projeto Bocaiuva em Miranda pela APAIM.
[saiba_mais] O projeto, apoiado pelo PPP Ecos, começou no final de 2008. A idéia surgiu como forma de alternativa de renda para as mulheres da Associação de Pescadores de Iscas de Miranda, porém a proximidade do Assentamento, onde muitos pescadores já moraram ou tem laços familiares, resultou da incorporação da comunidade no empreendimento.
Francisco dos Santos Carvalho, primeiro presidente da Associação de Moradores e Produtores do Assentamento Bandeirantes, fala sobre a importância da articulação da Ecoa na formação do grupo, que aconteceu com o apoio do Projeto em janeiro deste ano, com o objetivo de melhorar a rentabilidade das famílias e aprimorar a articulação política da comunidade.
“A Ecoa nos trouxe esse benefício para formar líderes na comunidade e vejo que isso é chave para o trabalho, temos que juntar esforços para conseguir algo. A visita da Isabel trouxe um ganho enorme para os membros da Associação, sendo que o principal foi força para continuar o trabalho. Ela, juntamente com a equipe da Ecoa, nos deixou muito felizes e deu ótimas informações para realizar tudo que estamos fazendo. A Associação é nova, mas parece que todos aqui estão trabalhando de forma organizada há um bom tempo”, relata Francisco.
Para Isabel, realizar essas visitas técnicas é fundamental para conhecer melhor a realidade das comunidades e compreender os processos do projeto. “Foi muito bom ter visitado as comunidades, a bocaiuva tem um potencial muito grande, acho que outras espécies de frutas do cerrado também. No assentamento [Bandeirantes] o trabalho está bem no início, o pessoal está empolgado mais ainda não sabe muito bem como caminhar. Acredito que a assessoria da Ecoa é fundamental para isso. Esses grupos às vezes não conseguem visualizar o que pode acontecer com eles lá pra frente e a realização de um intercâmbio numa experiência de sucesso pode despertar a comunidade”.
