A Ecoa acompanha de perto o início da aplicação do Plano Nacional de Vacinação contra a Covid-19, patologia causada pelo novo coronavírus (Sars-Cov-2). O Plano Nacional foi aprovado no último domingo (17/01) e prevê a compra e aplicação de dois imunizantes: a vacina AstraZeneca (produzida em parceria com a Universidade de Oxford e o Instituto Fiocruz, no Rio de Janeiro) e a Coronavac (vacina desenvolvida pelo Instituto Butantã, de São Paulo, em parceria com a empresa chinesa Sinovac).
O Plano emergencial elenca um calendário dividido em quatro fases para grupos prioritários. Fazem parte da 1ª fase não só profissionais de saúde e demais profissionais que atuam na linha de frente do combate ao vírus, mas também os povos tradicionais. A divisão é feita com base nas políticas do Sistema Único de Saúde (SUS).
Atendidos pela Ecoa que, entre outras ações, mobiliza doações emergenciais, informações e realiza a entrega de equipamentos de proteção individual, os moradores tradicionais de comunidades do Pantanal, famílias ribeirinhas e indígenas fazem parte do grupo prioritário da 1ª fase de aplicação.
Seguindo os protocolos de atenção em saúde estabelecidos pelo SUS, a execução do plano de vacinação é realizada em coordenação com os governos do Estado e aplicada pelos municípios. Mato Grosso do Sul – um dos estados que abriga o Pantanal – recebeu e começou a distribuir 158 mil doses da Coronavac.
Corumbá e Ladário (MS)
Os dois municípios receberam imunizantes. A primeira remessa chegou na terça-feira (19/01) e contempla a primeira fase de aplicação. O lote armazenado em Corumbá (MS) contém 2.768 doses da vacina e o lote enviado à Ladário contém 320 doses. É importante destacar que o Plano Nacional prevê a aplicação de duas doses para garantir imunidade contra o vírus. A Prefeitura de Corumbá já divulgou como será a distribuição das 2.768 doses:
– Trabalhadores da saúde: 1.141 doses;
– Trabalhadores da sala de vacinação: 34 doses;
– Trabalhadores das instituições de longa permanência de idosos em residências inclusivas: 15 doses;
– Pessoas idosas com 60 anos ou mais, residentes em instituições de longa permanência: 90 doses;
– População indígena: 86 doses;
– Pessoas a partir de 18 anos com deficiência, residentes em residências inclusivas (institucionalizadas): 18 doses.
Além destas localidades, a Ecoa realiza o levantamento de informações sobre a situação do município de Miranda (MS), onde também acompanha as famílias tradicionais desta região.
Apesar das doses de vacinas recebidas pelos municípios, ainda não há logística definida para distribuição e aplicação. Moradores de comunidades e grupos do Pantanal, compartilharam com a Ecoa o anseio pela chegada da vacina, mas também a preocupação, já que o acesso às políticas públicas para estas áreas rurais sempre foi um grande desafio.
Plataforma Covid-19
Através da plataforma no site da Ecoa, o acompanhamento e monitoramento da situação da Covid-19, no Pantanal e Cerrado, é divulgado semanalmente e com o comprometimento de alertar e manter informadas as famílias destas regiões. As informações chegam a elas por meios como rádio, celular e internet. Esta plataforma tem o objetivo de fornecer dados coletados de fontes oficiais, inicialmente, sobre os casos de contaminação em alguns dos municípios abrangidos pelo Pantanal no Brasil e na Bolívia.
Além do monitoramento permanente, a Ecoa através do seu Sistema de Comunicação e Alerta, emite mensagens de texto (SMS) para as famílias do Pantanal e Cerrado sobre os riscos, prevenção e também os informes sobre os atendimentos realizados pelo poder público e empresas nas comunidades mais afetadas. Essas ações contam com o apoio inestimável do Ministério Público do Trabalho (MPT/MS)
Foto de Capa: Comunicação/Prefeitura de Corumbá.