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Plano de 2016 já indicava caminhos para prevenção, mitigação e adaptação aos impactos de eventos climáticos extremos no Pantanal

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Em 2016, a Ecoa elaborou o “Plano de Prevenção, Mitigação e Adaptação aos eventos climáticos extremos ocorridos no Pantanal” com a finalidade de fornecer bases para estruturar medidas mitigadoras para as populações pantaneiras frente às suas vulnerabilidades.

Foram apresentadas alterações significativas das condições climáticas no Pantanal brasileiro, e os impactos socioambientais identificados junto às comunidades, bem como propostas para a prevenção, mitigação e adaptação a estes acontecimentos.

As alterações ambientais e climáticas eram noticiadas na época e estão sendo novamente em 2024, com maior destaque quanto mais impactante for a calamidade, ou quanto mais extremo for o evento o ocorrido.

No Pantanal a mesma regra é válida. Assim, foram com os estragos da cheia de 2011, onde milhões de reais foram perdidos com a morte de milhares de cabeças de gado na planície, e mesmo com o fenômeno inverso – uma seca – em 2008, a qual gerou perdas para o setor de pesca e nos arrozais da região de Miranda (MS). Em 2020 e 2024, o foco das notícias foram e são os incêndios e a seca que afeta o bioma.

Para fins de melhor entendimento, adotamos que eventos climáticos extremos são cheias, secas vendavais, ciclones tropicais, geadas, estiagens prolongadas, chuvas de granizo, até alterações de temperatura. São eventos que causam grandes impactos em todo o planeta, e que se tornam desastres naturais e calamidades, devido ao grau de impacto ou prejuízo provocado ao homem.

Além dos eventos naturais extremos, alterações ambientais antrópicas ganharam destaques, a exemplo dos “arrombados” do rio Taquari (canais secundários que se formam pelo extravasamento em alguns pontos das margens), que mais de uma vez provocaram perdas de áreas “firmes” que permitiam seu uso pela pecuária. As polêmicas vinculadas às instalações de represas na parte alta da Bacia Hidrográfica do rio Paraguai e o assoreamento dos principais rios navegáveis também são noticiadas regularmente.

Todos estes desastres naturais, ou mesmo os intensificados por ações antrópicas, demonstram que a existe grande necessidade de um olhar de toda a sociedade para o gerenciamento da vulnerabilidade social e econômica frente aos eventos climáticos extremos.

 Clique AQUI e confira a versão digital

Texto originalmente publicado em 2 de dezembro de 2016.

Republicação com alterações.

 

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Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) são entregues às brigadas comunitárias do Trevo Carandazal e Bandeira, em Miranda (MS). A entrega dos EPIs marca a concretização de todo um processo conduzido pela especialista da Ecoa, Fernanda Cano, responsável pela mobilização comunitária, levantamento de brigadistas ativos/as, aquisição e organização logística dos equipamentos, além da articulação local para viabilizar a formação. A iniciativa integra o projeto Fortalecendo Brigadas Comunitárias Voluntárias e Ações de Manejo Integrado do Fogo, apoiado pelo Fundo Casa Socioambiental em parceria com o Juntos pelo Pantanal, projeto do Instituto de Pesquisas Ecológicas (IPÊ), com apoio do GEF Terrestre, por meio do Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (Funbio). A Prefeitura de Miranda também colabora com a ação, que conta com a parceria técnica do Prevfogo/Ibama.

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