Apesar de indicativos de chuvas em algumas regiões, várias sub-bacias na bacia hidrográfica do rio Paraná registram níveis de estiagem preocupantes, trazendo perguntas sobre a recuperação dos reservatórios das hidrelétricas, o abastecimento urbano, a manutenção da umidade dos solos agrícolas para o plantio e o desenvolvimento das plantas.
Registros por estado
Paraná. A seca no Norte e na Região Metropolitana de Curitiba (RMC), onde foi abaixo da média histórica.
Mato Grosso do Sul. Cinco rios são considerados em situação crítica devido a estiagem: Rio Miranda, Aquidauana, Cuiabá, Pardo e Dourados. Os 3 primeiros drenam, em território brasileiro, para a bacia do Paraguai, o qual por seu turno, se encontra com o rio Paraná em territórios do Paraguai e Argentina. O rio Cuiabá é parte da divisa entre MS e MT.
São Paulo. O Sistema Cantareira, principal fonte de abastecimento da cidade de São Paulo, opera com apenas 32% de sua capacidade, o pior índice desde 2015. A situação é dramática. A crise hídrica afeta de forma mais crítica a Região Metropolitana de São Paulo, que inclui a capital e diversas cidades vizinhas. Tal situação leva levou à redução da pressão da água durante a madrugada. Algumas cidades do interior estão sob racionamento.
Estudos indicam um novo normal
- Estudo do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) publicada recentemente demonstra que crise hídrica dos 10 últimos anos ocorreu em bacias hidrográficas estratégicas do Brasil.
- Estudo da NASA mostrou que a partir de 2014 ocorreu perda de água terrestre e que processo iniciou no Brasil. As consequências na bacia do rio Paraná.
- Secas têm registros anteriores a 2014 na sub-bacia do rio Grande. Instituto registrou redução na precipitação.
