Pesquisa analisou os padrões de fogo no Pantanal por meio do mapeamento da área queimada.
Entre as coberturas do solo, as pastagens foram as mais vulneráveis ao fogo.
Os mega-incêndios de 2020 atingiram excepcionalmente áreas de floresta.
A visão sinótica em larga escala é necessária para um melhor manejo das queimadas no Pantanal.
Os incêndios florestais estão se comportando de maneira diferente agora em comparação com outras épocas da história. A conclusão é do artigo produzido por Danielle Correa, Enner Alcântara, Renata Libonati, Klécia Massi e Edward Park. Na pesquisa, foram analisadas a ocorrência de incêndios no Pantanal entre os anos 2000 e 2021 a em relação à frequência, intensidade e ecossistemas afetados.
No artigo, os pesquisadores afirmam que entender melhor os fatores naturais e humanos envolvidos nos incêndios é fundamental para prevenir e minimizar tais eventos extremos. Em 2020, o Pantanal passou por incêndios catastróficos pela união de fatores como o clima, estratégias inadequadas de manejo do fogo e regulamentações ambientais fracas.
O estudo analisou padrões recentes e mudanças no comportamento do fogo no Pantanal com base nas classes de uso e cobertura da terra. A partir dessa investigação, foi possível concluir que os incêndios no Pantanal nas últimas duas décadas tenderam a ocorrer com mais frequência em pastagens do que em outros tipos de cobertura do solo, mas os incêndios de 2020 queimaram preferencialmente regiões florestais. Os pesquisadores também observaram que grandes manchas de fogo são mais frequentes em florestas e pastagens. Em contraste, as terras de cultivo apresentam pequenas manchas.