Artigo de autoria dos membros da Ecoa Alcides Faria e Silvia Santana apresentado durante o XII Congresso Internacional de Direitos Humanos em Campo Grande (MS) entre os dias 4 e 6 e novembro de 2015.
O estudo traz à luz dos acontecimentos, a expansão do cultivo da cana de açúcar e o crescimento do número de usinas do setor sucroenergético na região da sub bacia do Rio Ivinhema, área em que habitam cerca de 43 mil de indígenas em pequenos territórios cercados por plantações de soja e milho, fazendas de gado e, mais recentemente, a cana.
O território, num intervalo de pouco mais de cinco anos teve sua área de cultivo da cana aumentada em 350 mil hectares. Em 2007, segundo o Canasat, a área de plantio era de 136,1 mil hectares, já em 2012 esse número passou para 486,2 mil hectares.
Simultaneamente ao aumento da área de cultivo da cana na região o número de usinas do setor sucroenergético cresceu significantemente. Em 2007 eram seis unidades em operação, em 2012 esse número passou para 16.
Existem pelo menos dois casos em que terras reivindicadas pelo povo Guarani estão ocupadas parcialmente por cana destinada a usinas sucroenergéticas. Situação que só aumenta a tensão na região e vai ao sentido contrário da criação de políticas de desenvolvimento que preservem os povos tradicionais indígenas e respeitem minimamente seus direitos.
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