Bióloga do DF lança livro infantil sobre o cerrado

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Via G1.com

A Bióloga e escritora brasiliense Nurit Bensusan lança neste sábado (10) um livro que pretende estimular a curiosidade das crianças sobre o cerrado. A obra “Cerrado: bioma Torto?” faz parte de uma série de livros com temática ambiental . O lançamento é às 17h no Café Objeto Encontrado, na 102 Norte. Haverá música ao vivo, com a “Violinha Caipira” de Marcello Linhos.

“Ao iniciarmos esta sequência de cinco obras, buscamos retratar especificamente o cerrado porque, coitado, além de ninguém dar bola para ele, não há obras desse tipo para as crianças. Nossa intenção é suprir essa lacuna e, claro, aprofundar o tema por vivermos em Brasília, região mergulhada no cerrado”, disse a autora.
Nurit costuma chamar o cerrado de “bioma azarado” porque, apesar de ser a origem das bacias hidrográficas do Prata, São Francisco e Tocantins-Araguaia e possuir mais de 4 mil tipos de plantas, não recebe a atenção que merece. Segundo a bióloga, isso impacta na conservação do bioma.
“Mesmo ele sendo esse bioma super especial, com a maior diversidade de árvores do mundo, o cerrado teve o azar de estar no Brasil, um país rico em belezas naturais e que possui outros biomas que roubam a atenção. E como as pessoas não são educadas para ver beleza no cerrado, por ele ser um bioma torto e tido como feio, essa percepção acaba atrapalhando sua conservação. Isso é tão gritante, que a falta de importância dada ao cerrado é sinalizada até mesmo em nossa Constituição Federal, que diz que a Amazônia, o Pantanal e a Mata Atlântica são patrimônios nacionais, mas o cerrado [não].”

No livro, a criança vai descobrir desde os tipos de vegetação até quem foram os primeiros habitantes do cerrado, e as formas de proteger o bioma. Segundo a autora, “a proteção do cerrado em áreas de conservação é outra medida que mostra a pouca importância que esse bioma tem. Somente 8,3% estão dentro de unidades de conservação“. Esse total, afirma Nurit, não é suficiente, porque, fora desses espaços protegidos, a destruição total “tem sido a regra”.

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