A Justiça de Mato Grosso condenou o pecuarista Claudecy Oliveira Lemes a dois anos e quatro meses de prisão em regime aberto e ao pagamento de R$ 1 milhão por danos morais coletivos, por ter promovido o desmatamento ilegal de 3.847 hectares de vegetação nativa no Pantanal, em área de preservação permanente na Bacia do Alto Paraguai.
A pena de prisão foi substituída por prestação de serviços comunitários e pagamento adicional de R$ 100 mil a uma entidade ambiental.
Segundo a sentença do juiz Emerson Luis Pereira Cajango, da Vara Especializada do Meio Ambiente de Cuiabá, o desmate ocorreu entre 2013 e 2018, sem autorização ambiental, e não houve nenhuma ação de recuperação da área.
“Da savana alagada do Pantanal à COP 30: desafios e realidades”
Nesta segunda (7), a presidenta da Ecoa, Nathalia Ziolkowski, participou do painel de abertura do encontro preparatório para a COP 30, realizado na UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), em Campo Grande. O evento reuniu lideranças femininas para uma escuta sobre o Pantanal com a primeira-dama Janja Lula da Silva, Jurema Werneck (Anistia Internacional Brasil) e a Ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet. O encontro integrou a construção da Carta dos Biomas para a COP 30, que será apresentada durante a Conferência do Clima em Belém (PA), em 2025.
Uma das grandes lideranças femininas que atuam pela conservação e pela valorização da sociobiodiversidade no Cerrado e Pantanal, Nathalia Ziolkowski leva o protagonismo das mulheres da sociobiodiversidade e entrega a Carta das Mulheres pela Conservação do Cerrado, construída no âmbito do “Curso de Formação em Liderança para Mulheres na Conservação do Cerrado” executado pela Ecoa, com apoio do Critical Ecosystem Partnership Fund (CEPF) e do Instituto Internacional de Educação do Brasil (IEB).
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Novos brigadistas serão enviados pelo Prevfogo/Ibama para a região da Serra do Amolar. Parte deles ficará hospedada na base da Ecoa, no Porto Amolar. Equipamentos como bombas hidráulicas e um quadriciclo estão à disposição. Desde o dia 29 de setembro, a brigada local, sob o comando do chefe Roberto Carlos Arruda (Beto), está trabalhando na prevenção. As informações sobre a situação chegam em tempo real a partir dos brigadistas.
Segundo informações de Roberto Carlos Arruda – o Beto – chefe da brigada comunitária da Serra do Amolar, o incêndio que atinge a região fronteiriça entre o Brasil e a Bolívia segue sendo monitorado e a brigada está preparando aceiro para proteger a região abaixo dos morros. Até a última atualização, o fogo ainda não havia descido para a área onde ficam as casas — ele permanece do outro lado, nas regiões entre Palmital e Penha.
Para aumentar a segurança da população, os brigadistas estão mobilizados para abrir aceiros (faixas de terra sem vegetação utilizadas como barreira contra o fogo) com o objetivo de atuar como linha de defesa caso as chamas avancem. Durante a noite, avaliações serão feitas para verificar se há deslocamento do fogo e, se necessário, iniciar ações de contenção para proteger as comunidades.
Chefe da Brigada comunitária da Serra do Amolar monitora incêndio e prepara sistema de defesa
Ecoa e brigadas comunitárias
A Ecoa acredita na estratégia de formação de brigadas comunitárias voluntárias no Pantanal desde 2006, sendo pioneira ao formar uma brigada de apoio ao PARNA (Parque Nacional do Pantanal Mato-grossense), que contou com moradores das comunidades Barra do São Lourenço e Amolar.
Relembre a matéria publicada em 15 de agosto de 2025. Acesse aqui.