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Fernanda Cano, da Ecoa, organiza entrega de equipamentos para brigadas comunitárias em Miranda (MS)

As brigadas comunitárias voluntárias de Miranda (MS) passarão por formação e reciclagem para fortalecer seus processos de articulação. A ação integra o projeto “Fortalecendo Brigadas Comunitárias Voluntárias e Ações de Manejo Integrado do Fogo em Miranda, Mato Grosso do Sul”.

A iniciativa conta com apoio do Fundo Casa Socioambiental e do GEF Terrestre (Projeto Estratégias de Conservação, Restauração e Manejo para a Biodiversidade da Caatinga, Pampa e Pantanal), além da parceria com o Prevfogo/Ibama, o Instituto de Pesquisas Ecológicas (IPÊ) e a Prefeitura de Miranda.

Histórico de incêndios ameaça a biodiversidade até mesmo em florestas que não pegaram fogo [Veja mais]

Algumas florestas estão perdendo espécies, mesmo que não tenham sido atingidas pelas chamadas. A descoberta faz parte de um estudo realizado por cientistas brasileiros no Corredor Cantareira-Mantiqueira, uma região de Mata Atlântica.

Os resultados foram publicados no periódico científico Forest Ecology and Management. A pesquisa mostra que o aumento da “pirodiversidade” – termo que se refere ao mosaico de florestas com diferentes graus de distúrbio causado por incêndios – prejudicou a função de refúgio das áreas não queimadas, o que resultou em menor riqueza de aves nos fragmentos intactos. 

Fonte: Agência Fapesp

A possibilidade de novos incêndios em 2025 está presente, apesar das chuvas intensas na sub-bacias da parte norte a partir de dezembro de 2024 e nas da parte sul a partir de abril e maio de 2025. Essas chuvas inundaram partes da planície pantaneira, mas agora a vegetação de partes do Pantanal já apresenta estresse hídrico, condições propicias ao fogo.

Comentário de Alcides Faria publicado na Folha de São Paulo na matéria “Comunidades ribeirinhas do pantanal em MS têm acesso precário a saúde e sofrem efeitos de queimadas” publicada no dia 13/07/2025.

Parabéns pela matéria. Conheço a região desde a ultima década do século passado, tendo acompanhado vários eventos climáticos extremos, dentre eles grandes cheias (2011 e 2018) e, mais recentemente, as secas de 2020 e 2024, eventos que criaram as condições para os incêndios devastadores. O quadro hoje vai além das cicatrizes, pois, em alguns casos, as feridas ainda estão abertas e a questão é: são ‘cicatrizáveis’?

Comentário de Alcides Faria publicado na Folha de São Paulo na matéria “Comunidades ribeirinhas do pantanal em MS têm acesso precário a saúde e sofrem efeitos de queimadas” publicada no dia 13/07/2025.

Você já conhece o Programa Oásis da Ecoa? Assista ao vídeo e saiba mais sobre a produção, pesquisa e proteção aos polinizadores

O Programa Oásis visa a proteção dos polinizadores em diferentes nichos, incluindo cidades. Os projetos e ações do Programa compreendem pesquisas; a educação com relação às diferentes espécies e seu papel nos ambientes; os riscos do uso de pesticidas na cidade e no meio rural; a contenção de desmatamentos; a formação de brigadistas contra queimadas e a produção apícola e de abelhas nativas sem ferrão em regiões livres de agrotóxicos, dentre outras medidas. Os efeitos das mudanças climáticas localmente também devem ser analisados.

Ministra Marina Silva receberá, no próximo dia 24, representantes de comunidades do Pantanal

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Representantes de comunidades do Pantanal serão recebidos pela ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, em Brasília no próximo dia 24. A agenda inclui questões de interesse dos moradores da região.

Algumas pessoas viajarão de barco para chegar a Corumbá (MS), viagem que pode durar até 26 horas em embarcações maiores, e dali tomarão uma van para encarar um trajeto de mais de 1.600 quilômetros até Brasília. É o que denominaram “Missão Pantanal”. Estão agendadas outras reuniões, dentre elas no ministério da Pesca e na Comissão de Meio Ambiente da Câmara dos Deputados.

O Pantanal enfrenta desafios ambientais que afetam diretamente quem depende dele para sobreviver. Por isso, essa mobilização representa mais do que uma viagem, é uma tentativa de fazer com que as decisões tomadas em Brasília levem em consideração os guardiões do bioma.

Entre os temas que serão tratados com a ministra estão a urgência os problemas trazidos pelos incêndios devastadores de 2024 e o quadro para 2025, trazendo a necessidade apoio para as brigadas comunitárias; a mudança no comportamento das onças que passaram a aproximar-se das casas, ameaçando os moradores e a necessidade de avanços na defesa de seus territórios tradicionais.

Secas ameaçam oferta de néctar e colocam em risco plantas e polinizadores

Um estudo da Unesp indica que a redução de chuvas pode diminuir em até 95% o valor energético do néctar e afetar o equilíbrio ecológico e a produção agrícola.

A pesquisa foi realizada no âmbito do Centro de Pesquisa em Biodiversidade e Mudanças do Clima (CBioClima), sediado na Unesp de Rio Claro (SP) e foi publicada na revista Scientific Reports e apoiada pela Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo).

De acordo com a professora do Instituto de Biociências de Botucatu da Unesp e coordenadora do estudo, Elza Guimarães, a redução do néctar afeta toda a cadeia: “Sem néctar para consumir, as abelhas vão embora, as plantas não se reproduzem e os agricultores perdem a produção”.

Com informações de Agência Fapesp