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Chefe do Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros reforça necessidade de trabalho de prevenção aos incêndios

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Nayara durante a live.

O observatório de Justiça e Conservação realizou uma live com o tema Terrorismo Climático: a origem e impactos das queimadas no Brasil.

Durante o evento, realizado em 17/09/2024, foram destacadas as dificuldades em identificar os criminosos em incêndios provados por ações humanas, o reajuste no quadro de servidores para investigar as malhas fundiárias para descobrir os culpados e a necessidade de aumento no número de brigadistas na linha de frente do combate com uma remuneração condizente com os riscos que eles enfrentam. Além disso, os incêndios florestais estão mais próximos da realidade urbana e foram tratados como um problema de saúde pública, econômico e social.

A chefe do Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros, em Alto Paraíso de Goiás, Nayara Stacheski, destacou a necessidade de legislações firmes que ajudem na solução do problema. “Ainda estamos no início para fortalecer esses mecanismos de proteção, precisamos de legislações mais duras para quem pratica o crime de incêndio. São necessárias propostas que solucionem os problemas, não apenas soluções paliativas”.

Nayara também destacou que além de identificar a origem dos incêndios, o orçamento público para a contratação de brigadistas no período correto para um trabalho de prevenção forte e efetivo é essencial. “Desde o início do ano estávamos sem orçamento para contratar brigadistas, pois precisamos dessas contratações para fazer as ações de prevenção com queimas prescritas que ajudam a mitigar o tamanho e severidade dos incêndios aqui na unidade. Apenas agora em setembro, após alteração na legislação, conseguimos orçamento para contratação, mas de que adianta agora que está tudo queimando? E o trabalho de prevenção que não foi feito?”.

Nayara Stacheski é bióloga, chefe do Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros e servidora do ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade) desde 2009 e trabalha com incêndios florestais desde 2012.

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