Diário da crise hídrica – 25 a 29 de outubro de 2021 – Tempestade de poeira em Rondonópolis (MT), leilão para contratar energia, alta da conta de luz e mais

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Tempestade de poeira em Campo Grande (MS). Foto: Alcides Faria.

29 out. 2021

COBEE discute consequências da crise hídrica e aumento do custo de energia elétrica no Brasil

Fonte: Focus.jor – 26.10.2021

São Paulo – Entre 16 e 19 de novembro a Associação Brasileira das Empresas de Serviços de Conservação de Energia (Abesco) promove a 18ª edição do Congresso Brasileiro de Eficiência Energética – COBEE 2021 – “A Eficiência Energética e a Economia Verde”.

O evento será 100% digital e gratuito, o que permite democratizar os debates que compõem a programação.

“Teremos palestras voltadas à discussão dos principais pontos de interesse e as políticas públicas que irão impactar o mercado de energia elétrica, tais como: a crise hídrica que assola o Brasil, novas tecnologias e soluções inovadoras focadas em eficiência energética, leilões de capacidade, inteligência artificial (AI), Big Data e indústria de energia”, afirma Frederico Araújo, presidente da Abesco.

Além da oportunidade de trocar experiências, o público presente poderá obter certificado de participação e utilizá-lo na renovação de documentações da área, como o CMVP (Certified Measurement & Verification Professional).

A programação e o link de inscrição do 18º COBEE estão disponíveis no site: https://www.cobee.com.br/

 

28 out. 2021

Apesar das chuvas, rio Paraguai não sofreu grandes alterações em seus níveis a partir de Ladario (MS) segundo la Dirección de Meteorologia do Paraguai. No quadro a medição de Isla Margarita é final no Pantanal. Humaitá está já no encontro com o rio Paraná.

 

28 out. 2021

Climainfo. Conta de luz sobe mais de 25% em 2021 e é maior responsável pela inflação passar de 8%

O IBGE divulgou a prévia da inflação medida pelo IPCA-15, do IBGE, com o aumento geral chegando a 1,2% em outubro. Com isso, o acumulado no ano está em 8,3% e já passou de 10% nos últimos 12 meses. O Valor ouviu várias consultorias que esperavam que outubro não registrasse mais do que 1%. O item que mais subiu foi a conta de luz (quase 4% em outubro), que contribuiu com 0,19 pontos com a inflação do mês. Assim, a luz aumentou quase 25% em 2021. A CNN e o Valor comentaram.

Mesmo que chova acima da média histórica, o leilão de emergência realizado na 2ª feira garantiu que a conta de luz seguirá alta por um bom tempo: quase toda a energia contratada (96% dos 1.221 MW) virão de térmicas fósseis. A surpresa negativa foi o preço médio do MWh de R$1.564 que, segundo o IEMA, foi mais de sete vezes maior do que os R$211 do leilão A-6 de 2019. O leilão contratou energia de maio do ano que vem até dezembro de 2025, assegurando o preço alto. O que garante que a conta seguirá alta é que 8 das 14 usinas contratadas rodarão na base, isto é, o tempo todo, independente do nível dos reservatórios. Isso só faria sentido se a bola de cristal do ministro previsse pouca chuva nos próximos anos, apesar de ela não tê-lo avisado da crise hídrica deste ano. Como lembra o IEMA, além do impacto no bolso, essas térmicas contribuirão para o aquecimento global e fornecerão muitos poluentes para os pulmões de quem vive nas suas proximidades.

Além de frear o esvaziamento dos reservatórios, as chuvas que caem no Sudeste vieram acompanhadas de temperaturas baixas. Segundo o Valor, com aparelhos de ar condicionado funcionando menos, o consumo de eletricidade nas 2 primeiras semanas de outubro foi quase 8% menor do que no mesmo período de 2020, quando houve uma forte onda de calor.

Para evitar mais crises hídricas seria preciso, dentre outras, zelar pelos mananciais. Um alerta importante é dado em um artigo publicado n’((0)) eco, sobre o impacto da ocupação desordenada em áreas ao redor de São Paulo, que nominalmente, seriam protegidas. O olhar dos especialistas se aplica às outras regiões metropolitanas do país.

A crise hídrica se estende por toda a bacia do Paraná, impactando nossos vizinhos ao sul. Agora foi o Wall Street Journal que publicou um artigo relatando o impacto sobre o escoamento da safra de grãos e a geração elétrica. O desmatamento da Amazônia é tido como uma das possíveis causas da seca.

 

26 out. 2021

Enviado.

Governo faz leilão para contratar energia – diferença brutal entre térmicas a gas, solar e biomassa.
– Térmicas a gás R$ 1.619 por MWh.
– Solar e biomassa preço médio de R$ 343,22 por MWh.
O leilão emergencial para contratar energia de reserva terminou com a negociação de 775,8 megawatts (MW) médios e 1,22 gigawatts (GW) de potência. Foram contratados 17 projetos: 14 usinas térmicas a gás natural, uma biomassa e duas solares. “As usinas térmicas a gás natural, contratadas no modelo de disponibilidade, tiveram preço de venda médio final de R$ 1.599,57 por megawatt-hora (MWh), ……….. Já os projetos solares e a biomassa tiveram preço de venda médio de R$ 343,22 por MWh, abaixo do preço inicial de R$ 347 por MWh……Os contratos fechados no leilão preveem suprimento entre 1 de maio de 2022 e 31 de dezembro de 2025.” No Valor

 

26 out. 2021

O Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) aprovou em caráter extraordinário a importação adicional de energia da Argentina. A decisão foi tomada em reunião realizada na noite de ontem e tornada pública neste sábado pelo Ministério de Minas e Energia (MME), informou o UOL no dia 23 de outubro de 2021.

 

25 out. 2021

Mais poeira no ar.

No domingo (24), a cidade de Rondonópolis, no sul de Mato Grosso, teve o céu tomado pela poeira. O município é um grande produtor de grãos e suas águas drenam para o Pantanal. As razões principais desse tipo de vento são as pastagens degradas, o desmatamento e o solo descoberto para o plantio de grãos – logicamente que a seca prolongada está na base de todo o processo.

Anteriormente varias outras regiões de São Paulo e Mato Grosso do Sul sofreram com a poeira e as cinzas das queimadas, como foi o caso do Pantanal em MS.

Tempestade de poeira em Campo Grande (MS). Foto: Alcides Faria.

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