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Diretor Científico da Ecoa destaca pecuária do Pantanal como termômetro para sustentabilidade em revista internacional

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4 milhões. Esse é o número de cabeças de gado no Pantanal brasileiro. Sustentabilidade pode estar ameaçada por novas práticas na criação de gado (Foto: A.Siqueira)

Por Izabela Sanchez (Ecoa)

Se é verdade que nossa espécie quebra a cabeça há séculos em busca de retirar o que precisa do planeta e, ao mesmo tempo, conservá-lo, a vida tradicional dos pantaneiros tem muito a nos ensinar. É essa uma das provocações que o Diretor Científico da Ecoa, Rafael Chiaravalloti, publica pela primeira vez na Smithsonian Magazine, uma das revistas internacionais de maior destaque na ciência.

“Pecuária tradicional e sustentabilidade nas áreas úmidas do Pantanal brasileiro” está no site da Smithsonian na seção “Voices”, que reúne pesquisadores de diversas áreas. Ao falar de sua pesquisa de pós-doutorado, o Diretor Científico da Ecoa destaca o que faz da criação de gado nas áreas úmidas do Pantanal uma atividade “única”.

Rafael descreve a dinâmica complexa que envolve as mais de 3,5 mil propriedades e os homens que movem o gado acompanhando o pulso de inundação no Pantanal brasileiro. É esse território cheio de nuances e barreiras, cita Rafael, que fez com a atividade fosse marcada por técnicas de manejo e conservação da riqueza natural vista no Pantanal, incluindo espécies de animais em extinção, como as araras-azuis.

Esse cenário complexo que ensina sustentabilidade ao mundo pode não existir no futuro. É o alerta do Diretor Científico, ao citar que muitos proprietários têm trocado a prática extensiva pela criação de gado de forma intensiva, aliada aos projetos de infraestrutura para aumento de pastagens.

A consequência? O crescimento do desmatamento e a ameaça a espécies que, antes, a pecuária ajudava a preservar. Como é possível, com os novos desafios, trazer a sustentabilidade à consciência? É a pergunta de Rafael.

Leia o artigo completo, em inglês, aqui.

Foto: André Siqueira

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