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Diretor da Ecoa avalia impactos das ondas de calor no Pantanal

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Alcides Faria, diretor da Ecoa.

Em entrevista ao Projeto Colabora, Alcides Faria, diretor da Ecoa, analisou os impactos das ondas de calor no Pantanal em 2023 e sugeriu políticas públicas que podem ser aplicadas diante desse cenário.

– Na atual conjuntura, onde a região Centro-Oeste enfrenta uma terceira forte onda de calor e os incêndios (mais o desmatamento) no Pantanal intensificam, como a Ecoa avalia os impactos e danos ambientais/econômicos na bacia do Alto Rio Paraguai e bacia do Rio da Prata? Nos anos anteriores para cá, tem ocorrido mudanças (positivas e negativas)?

Os danos econômicos e ambientais na região causados pela atual onde significativos, na verdade um quadro possivelmente nunca vivido. O calor em si, associado a chuvas irregulares, traz problemas para o plantio de grãos em várias regiões, por exemplo. No Pantanal esse quadro cria as condições para espalhamento do fogo, como se pode observar em várias imagens de satélites nos últimos dias. Outro olhar pode alcançar outro extremo: o do excesso de chuvas na bacia do rio Paraná em território brasileiro, como ocorreu no estado do Paraná. Estado que há pouco tempo sofria com a falta de água, a ponto de sua capital, Curitiba, viver sob decreto de emergência hídrica. Vale que as chuvas na bacia do rio Paraná na temporada 22/23 trouxe um elemento positivo, o das represas cheias para geração hidrelétrica.

– Quando abordamos as questões climáticas, como está ocorrendo atualmente, quais são as políticas públicas que a Ecoa defende a favor da proteção da natureza e também das pessoas que habitam as comunidades na região? A alta temperatura pode trazer quais prejuízos para quem vive nesses territórios distantes dos grandes centros brasileiros?

Uma questão fundamental é preparar as cidades para tempos de eventos extremos, tendo como questões fundamentais a adequação da arborização urbana para a garantia da vida das pessoas, melhoria das temperaturas e evitar danos a redes de energia elétrica que a cortes no fornecimento. Outra questão importante é quanto ao fornecimento de água, quando se necessita uma casamento entre o urbano e rural, tendo em conta que no mais das vezes o segundo é o produtor para o meio urbano.

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