Chegou 2021, mas a difícil realidade intensificada no ano de 2020 com a pandemia de Covid-19 ainda continua para muitas pessoas. Não é diferente para muitas famílias de comunidades do Pantanal e, por isso, a Ecoa segue com os trabalhos de prevenção e cuidados frente à Covid-19. Para isso, a Ecoa conta com o apoio imprescindível do Ministério Público do Trabalho em Mato Grosso do Sul.
Essa ajuda representa o pouco que ainda resta em algumas comunidades do Pantanal. As condições de subsistência das famílias ribeirinhas ainda são uma grande preocupação. Na quarta-feira (dia 13/01), a Ecoa atendeu ao chamado do Paraguai-Mirim, localizada na região de confluência do rio Paraguai com o rio Paraguai Mirim, ao sul da comunidade do São Lourenço e a 140 km da cidade de Corumbá, MS. Ali, a falta de recursos se revela em uma situação de fome.
Com apoio do MPT/MS foi possível levar donativos, informação e um pouco de presença e conforto a quem mais precisa. O desafio é grande já que a pandemia ainda se alastra pelos territórios e cada ação é realizada pela Ecoa seguindo todos os protocolos de segurança.
Os incêndios que ocorreram e acometeram tantos hectares no Pantanal – tanto nas porções brasileiras quanto nas bolivianas e paraguaias – ainda deixam resultados na escassez de alimentos para quem vive da sociobiodiversidade. Aliada cruel dos incêndios, a seca ainda castiga.
Dados do Centro de Hidrografia e Navegação do Oeste – Marinha do Brasil -, mostram o Rio Paraguai em níveis alarmantes, muito abaixo da média dos últimos 5 anos. No trecho medido em Ladário (MS), o nível do rio no dia 13 de janeiro deste ano apresentou apenas 0,64 metro de profundidade. No gráfico apresentado pela Marinha, o número é considerado o nível “máximo” até o momento. Para colocar em perspectiva, basta consultar a navegação do rio Paraguai no mesmo trecho em 2019, também no dia 13 de janeiro: a medição apontou 2,20 metros.
Entrega de donativos e informações à comunidade Paraguai Mirim (MS). (Fotos: Arquivo/Ecoa)
Nossas ações – A Ecoa realiza o acompanhamento e monitoramento da situação da Covid-19, no Pantanal e Cerrado, com o comprometimento de alertar e manterem informadas as famílias destas regiões. As informações chegam a elas por ferramentas como rádio, celular e internet.
Além disso, foi criada uma plataforma dedicada a disponibilização de dados e outras informações sobre a situação na região.
Além do monitoramento permanente, a Ecoa através do seu Sistema de Comunicação e Alerta, emite semanalmente mensagens de texto (SMS) para as famílias do Pantanal e Cerrado sobre os riscos, prevenção e também os informes sobre os atendimentos realizados pelo poder público e empresas nas comunidades mais afetadas.
Em novembro de 2020, a Ecoa também divulgou um relatório inédito sobre os efeitos da pandemia de Covid-19 no Pantanal. Clique aqui para ler.
