Descoberta: Um estudo conduzido por Lilach Hadany, pesquisadora do Departamento de Biologia Molecular e Ecologia de Plantas da Universidade de Tel Aviv, observou a relação entre a sonoridade e suas influências biológicas nas plantas. A National Geographic Brasil divulgou uma matéria sobre a pesquisa, que estuda o caso das prímulas-da-noite (Oenothera drummondii). Hadany e sua equipe de pesquisa descobriram que, devido à capacidade de sentir a vibração das asas de polinizadores, as plantas aumentaram temporariamente a concentração de açúcar no néctar de suas flores. A propósito, a equipe notou que as próprias flores agem como órgãos auditivos, que ao captar as frequências sonoras, conseguem distinguir o som das asas de abelhas de outros sons irrelevantes, como o vento.
Plantas também escutam: Por seguir uma linha teórica evolucionista, Hadany explica que tal indagação surgiu ao compreender que a percepção sonora dos seres vivos não está ligada necessariamente aos ouvidos – ideia que limitaria a capacidade das plantas de captar vibrações. No caso das prímulas-da-noite, o formato côncavo das flores aumentam a habilidade de captação. A pesquisadora afirma que a capacidade das plantas de ouvir e reagir às vibrações sonoras, amplia a possibilidade de sobrevivência e a perpetuação de sua herança genética.
Os primeiros experimentos realizados podem ser conferidos no bioRxiy, plataforma de estudos que ainda não foram publicados. Para conferir mais detalhes da pesquisa, veja a matéria completa do National Geographic.
Foto de capa: Abelha no broto aberto de uma prímula, por Heather Angel.