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Folha de S. Paulo – Pantanal, hidrelétricas, desmatamento e agrotóxico formam tripé de ameaças contra o bioma

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Leia aqui reportagem multimídia realizada pela Folha de S. Paulo (com textos de Fabiano Maissonave e fotos de Lalo de Almeida) sobre os impactos da instalação de usinas hidrelétricas e de empreendimentos de agricultura extensiva nos afluentes do rio Paraguai, que alimentam o Pantanal.

“O rio Cuiabá já perdeu 60% da sua carga, porque a barragem do Manso já retém uma parte. Se forem implementadas as seis hidrelétricas previstas para serem instaladas no rio Cuiabá, essa retenção vai chegar a quase 90%. Vai ficar retida no empreendimento e não vai chegar no Pantanal”, disse Ibraim Fantin, pesquisador do departamento de engenharia sanitária e ambiental da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), à Folha. Para ele, “a bacia tem de ser olhada como um todo. Se a água que vem de cima não chegar ao Pantanal, o sistema será comprometido.”

Segundo levantamento feito pela Ecoa, em 2020, são 38 empreendimentos em operação na Bacia do Alto Paraguai, 4 em construção, 7 outorgados e 11 em fase de estudo. O rio com mais barramentos é o Jauru, em Mato Grosso, com seis hidrelétricas em operação, construídas em sequência próximas à cidade de Indiavaí, a 370 km de Cuiabá. No trecho percorrido pela reportagem de barco, praticamente toda a mata nativa já deu lugar ao pasto. Veja a localização das seis Pequenas Centrais Hidrelétricas que estão previstas para serem construídas no rio Cuiabá no mapa abaixo produzido pela Ecoa. São os pontos em amarelo:

 

Foto de capa: nascente do rio Paraguai. Fonte: Lalo de Almeida/Folha de São Paulo.

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