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Hidrelétricas na Amazônia voltam à pauta

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Via ClimaInfo

Imagem via ClimaInfo

O governo quer desengavetar projetos de hidrelétricas e, para isto, incluiu no Programa de Parcerias de Investimentos (PPI) as usinas de Bem Querer (Roraima), Castanheira (Mato Grosso), Tabajara (Rondônia) e Telêmaco Borba (Paraná). Com exceção desta última, as outras ficam na Amazônia, o que dá um sinal de alerta para impactos ambientais, sociais e sobre as Comunidades Tradicionais.

Fernanda Trisotto, da Gazeta do Povo, conversou com gente do setor para entender, nas palavras dela, “por que o governo Bolsonaro quer desengavetar projetos de hidrelétricas do PT?” (Uma nossa observação: vale observar que estes projetos são anteriores aos governos petistas e se encaixam bem na lógica do setor).

Adilson de Oliveira, ex-professor da UFRJ, pondera que “a economia brasileira está estagnada. Se a economia não cresce, não há demanda crescente por energia.” E pergunta: “Precisamos desses projetos, se temos outras opções, como os parques eólicos? (…) Hoje, as centrais eólicas estão entrando no mercado brasileiro com relativa facilidade e vantagens econômicas e competitivas, pelo fato de termos grandes reservatórios feitos no passado que garantem a energia no período em que essas eólicas flutuam muito a produção. As hidrelétricas são importantes para dar estabilidade para o consumo de energia elétrica. Se continuarmos a expandir a energia eólica, a solar descentralizada, vamos precisar de outro tipo de reservatório para segurança do suprimento elétrico.” E ele, como muitos outros, aponta para o gás natural do pré-sal, que pode ser queimado em termelétricas.

Infelizmente, o artigo não menciona o clima uma única vez. Como se o planejamento energético pudesse passar ao largo da crise climática.

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Energia elétrica – o paradoxo brasileiro: energia mais cara e excesso de produção. Apesar das chuvas dos últimos dias em várias bacias hidrográficas, os níveis dos reservatórios continuam baixos e em razão desse quadro a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) continua aplicando a bandeira vermelha, patamar 1 na tarifa de energia elétrica. Segundo a Aneel, o cenário é pouco favorável à geração hidrelétrica, com chuvas abaixo da média e consequentemente os reservatórios em queda, entrando para compensar as usinas termelétricas, que têm operação mais cara, o que determina a bandeira vermelha patamar 1 – acresce R$ 4,46 a cada 100 kWh consumidos.

O paradoxo indicado no titulo está no fato de que, mesmo com reservátorios com baixos niveis,