//

Hidrelétricas na Amazônia voltam à pauta

2 minutos de leitura

Via ClimaInfo

Imagem via ClimaInfo

O governo quer desengavetar projetos de hidrelétricas e, para isto, incluiu no Programa de Parcerias de Investimentos (PPI) as usinas de Bem Querer (Roraima), Castanheira (Mato Grosso), Tabajara (Rondônia) e Telêmaco Borba (Paraná). Com exceção desta última, as outras ficam na Amazônia, o que dá um sinal de alerta para impactos ambientais, sociais e sobre as Comunidades Tradicionais.

Fernanda Trisotto, da Gazeta do Povo, conversou com gente do setor para entender, nas palavras dela, “por que o governo Bolsonaro quer desengavetar projetos de hidrelétricas do PT?” (Uma nossa observação: vale observar que estes projetos são anteriores aos governos petistas e se encaixam bem na lógica do setor).

Adilson de Oliveira, ex-professor da UFRJ, pondera que “a economia brasileira está estagnada. Se a economia não cresce, não há demanda crescente por energia.” E pergunta: “Precisamos desses projetos, se temos outras opções, como os parques eólicos? (…) Hoje, as centrais eólicas estão entrando no mercado brasileiro com relativa facilidade e vantagens econômicas e competitivas, pelo fato de termos grandes reservatórios feitos no passado que garantem a energia no período em que essas eólicas flutuam muito a produção. As hidrelétricas são importantes para dar estabilidade para o consumo de energia elétrica. Se continuarmos a expandir a energia eólica, a solar descentralizada, vamos precisar de outro tipo de reservatório para segurança do suprimento elétrico.” E ele, como muitos outros, aponta para o gás natural do pré-sal, que pode ser queimado em termelétricas.

Infelizmente, o artigo não menciona o clima uma única vez. Como se o planejamento energético pudesse passar ao largo da crise climática.

Deixe uma resposta

Your email address will not be published.

Mais recente de Blog

Em novembro de 2023 a Ecoa participou de reunião com o presidente do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), Ilan Goldfajn, apresentando a necessidade de o Banco tivesse especial atenção para a América do Sul quanto à questão climática. A região precisaria do BID para apoiar projetos voltados para a mitigação de eventos climáticos extremos em diferentes territórios. As cidades “biomas” precisam de apoio especial para medidas básicas como a arborização adequada a esses novos tempos.

Hoje tivemos a alegria de receber na Ecoa, o produtor rural Nelson Mira Martins, criador da RPPN Água Branca – nova reserva reconhecida oficialmente pelo ICMBio, que garante a proteção definitiva da segunda maior cachoeira de Mato Grosso do Sul, no município de Pedro Gomes.Seu Nelson foi recebido pela pesquisadora Fernanda Cano, e Alcides Faria, diretor institucional e um dos fundadores da Ecoa, e conversaram sobre as possibilidades que se abrem com a preservação da cachoeira e a criação da RPPN.

Hoje tivemos a alegria de receber na Ecoa, o produtor rural Nelson Mira Martins, proprietário da